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Cresce o endividamento familiar

Foto: Divulgação

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No Brasil, em março, aproximadamente 78,1% das famílias estão endividadas, conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Houve um aumento de 0,2% em comparação a fevereiro, quando o índice estava em 77,9%.

O número de famílias com dívidas em atraso subiu 0,5 pontos percentuais, chegando a 28,6% do total pesquisado. Já a porcentagem de famílias com dívidas em aberto por mais de 90 dias permaneceu estável em 47,5% pelo terceiro mês consecutivo.

É notável que os lares com renda mensal de até três salários mínimos, ou seja, R$ 4.236,00, foram os principais impulsionadores desse cenário.

Essas estatísticas acendem um sinal de alerta em relação à economia do país, indicando que os brasileiros estão enfrentando dificuldades financeiras.

Pode-se argumentar que o Desenrola Brasil foi um sucesso, de fato, o foi. Mas há um lado negativo: as famílias estão ficando cada vez mais desprovidas.

Para entendermos sobre o que estou falando, segundo o Banco Central, em julho de 1994, R$ 100,00 equivalia a US$ 116,28. Já em 2023, esse valor caiu para US$ 14,80. Isso significa que R$ 100,00 perdeu 87,27% do seu valor em dólares ao longo desse período. Em português: os brasileiros viram seu poder de compra diminuir e, sobretudo, estão mais pobres. É preciso mais dinheiro para adquirir a mesma cesta de produtos.

Muitos atribuem essa chaga à falta de educação financeira da população. É verdade que os brasileiros carecem de educação, como mostram indicadores internacionais como o PISA. Porém, como esperar educação financeira de uma população com baixo nível educacional?

Apesar da importância da instrução financeira e do empreendedorismo, é crucial investir na educação básica, principalmente em matemática.

Outro fator crucial diz respeito à renda média do brasileiro, que gira em torno de US$ 678,00 por mês, enquanto na Austrália, a média é de US$ 5.078,00 por mês.

Analisei o índice de renda média do Brasil comparado com o da Austrália, devido às semelhanças em clima e extensão territorial. Contudo, há uma distinção: segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2023, o Brasil se estabeleceu como a nona maior economia global, enquanto a Austrália ficou em 14º lugar.

Apesar de ocuparmos a nona posição no ranking das economias mundiais, enfrentamos uma série de questões estruturais que tornam quase impossível resolver algo tão simples quanto o endividamento das famílias brasileiras.

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Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 34
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