Depois de sua aparição pública mais recente, quando foi visto assistindo o jogo entre Palmeiras e Botafogo pelo Campeonato Brasileiro, no domingo (25), o ex-Presidente da República Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista à colunista Mônica Bergamo na qual falou sobre seus problemas com a justiça, projeções para o futuro de seu grupo político e a imagem de antidemocrático que acabou por nutrir. A conversa foi publicada no jornal Folha de São Paulo nesta terça-feira (27).
Nesta mesma data, às 19h, está marcado para ser retomado o julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a ação movida pelo PDT que solicita a inelegibilidade de Bolsonaro pelo episódio da reunião promovida por ele com embaixadores para tentar descredibilizar internacionalmente o sistema eleitoral brasileiro. Se classificando como “imbrochável até que se prove o contrário”, o ex-presidente reconheceu a “tendência” de ser condenado, mas que pretende tentar reverter.
Em relação a seus possíveis substitutos enquanto liderança da extrema-direita brasileira, o capitão não descartou a aparição do nome de sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), na urna, mas disse que ela não tem a experiência suficiente para tal. Quando posto o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em pauta, a resposta de Bolsonaro é ainda menos entusiasmada.
De acordo com ele, ainda resta uma carta na manga, que chamou de “bala de prata”, para o pleito de 2026. “Por enquanto, eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar”, respondeu à jornalista.