Na última semana, o jornal Metrópoles divulgou o conteúdo de algumas conversas entre empresários em um grupo de Whatsapp. Nelas os executivos de algumas das maiores empresas do país pregam e apoiam a execução de um golpe de estado caso o principal adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vença as eleições deste ano.
Por conta do conteúdo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ordenou a deflagração de uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços dos empresários em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Os alvos foram Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; Afrânio Barreira Filho, dono da rede de restaurantes Coco Bambu; Luiz André Trissot, fundador do Grupo Sierra, rede de imóveis de luxo; Marco Aurelio Raymundo, dono da Mormaii, empresa de vestuário e artigos de surfe; José Isaac Peres, dono da https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistradora de shoppings, Multiplan; Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia; José Koury, dono do shopping Barra World; e Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa, empresa do setor imobiliário.
Nas mensagens que vieram a público, os empresários comentam sobre suas preferencias em relação a um possível golpe de estado, xingam o TSE, o STF e seus ministros, e seus planos para os atos marcados em defesa de Bolsonaro em 7 de setembro.
Luciano Hang, também conhecido como “véio da Havan”, foi além nos comentários e se colocou na linha de sucessão ao palácio do planalto. Hang diz que acredita ser melhor para o Brasil reeleger Bolsonaro neste ano, eleger o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2026 e 2030, e depois chegaria a vez dele próprio.