A Primeira Infância: a fase de ouro do desenvolvimento

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É cientificamente comprovado e as neurociências constantemente apresentam pesquisas confirmando que os primeiros anos de vida, especialmente até os 6 anos, representam a fase de maior plasticidade e aprendizado do cérebro humano.

Nesse período, o cérebro da criança está em pleno desenvolvimento, estruturando-se rapidamente e formando centenas de milhares de conexões neurais por segundo, coletando todo tipo de informação para levar para a vida. Essa janela de desenvolvimento nunca mais se repetirá com a mesma intensidade ao longo da vida. Sendo assim, é fundamental compreender a importância de que o maior aprendizado começa em casa, no convívio familiar.

As interações cotidianas e as experiências significativas vivenciadas nos primeiros anos, serão bases importantes para o desenvolvimento em todos os aspectos da vida. É nesse ambiente que a criança aprende a falar, andar, observar, sentir e confiar. Por isso, é fundamental que os estímulos oferecidos nessa fase sejam intencionais, ricos e afetivos. O cérebro infantil não espera que o ambiente ideal esteja pronto. Ele aprende com aquilo que é oferecido, seja de forma consciente ou não.

Nesse contexto, por exemplo, o uso excessivo de telas (celulares, tablets e televisões) pode representar uma ameaça silenciosa ao desenvolvimento saudável. O excesso de estímulos visuais e auditivos passivos reduz a oportunidade de interações sociais, experiências táteis e movimento corporal, essenciais para o crescimento cognitivo e emocional da criança. Substitua a tela por vínculo. Ofereça situações em que a criança possa agir, pensar, explorar.

Por exemplo: não abra o pote para ela, permita que ela tente abrir sozinha. Ao invés de entregar a banana já cortada, ofereça uma colher e deixe que ela experencie amassar a fruta com as mãos. São nesses pequenos desafios que habilidades como coordenação motora, força, percepções sensoriais e autonomia são desenvolvidas.

Não espere que a escola que seu filho está matriculado seja responsável por desenvolver lateralidade, fomentar a curiosidade natural dele, ensinar autogestão, empatia, conhecimento emocional. A escola é um espaço COMPLEMENTAR, mas é no cotidiano familiar que se constrói a base do desenvolvimento integral.

Que tal uma caixa de sapato com um objeto sonoro dentro para que ele descubra o que há lá dentro? Esse tipo de brincadeira simples, mas rica em estímulos, ativa áreas importantes do cérebro, promovendo pensamento crítico e resolução de problemas.

Tudo o que é oferecido à criança até os 6 anos molda sua personalidade, sua forma de ver o mundo, suas habilidades sociais e cognitivas.

Da mesma forma, as ausências também deixam marcas: a falta de diálogo, de afeto, de brincadeiras, se reflete no futuro. Não significa que não seja possível recuperar ou aprender depois, mas isso exigirá mais esforço, mais investimento, mais tempo, frustração, desafios emocionais e perdas sociais.

Deixo como reflexão: “A primeira infância é uma fase de ouro e, uma vez desperdiçada, seu valor não pode ser totalmente recuperado. Não há como voltar no tempo para reviver momentos preciosos que ficaram para trás. Cultivar vínculos, proporcionar experiências significativas e oferecer atenção à criança são investimentos que renderão frutos por toda a vida e ninguém está falando de acertar sempre, mas estar consciente de que está oferecendo o seu melhor. Conheça as fases de desenvolvimento do seu filho neste e-book (clique no link), pois para cada fase são esperados marcos diferentes de desenvolvimento e aprendizagem. Assim poderá estimular de forma adequada e saudável o desenvolvimento aproveitando todas as janelas abertas e prontas para novas possibilidades sem, contudo, avançar etapas.”

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Referência científica:

Shonkoff, J. P., & Phillips, D. A. (2000). From Neurons to Neighborhoods: The Science of Early Childhood Development. National Academy Press. Este relatório, produzido pelo National Research Council dos Estados Unidos, apresenta evidências sobre a importância do desenvolvimento cerebral na primeira infância e reforça a ideia de que as experiências nos primeiros anos têm impacto duradouro no comportamento, aprendizagem e saúde  mental.

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Colaboradora na Gazeta Regional com textos informativos, dicas e sugestões sobre o neuro desenvolvimento. Formada em Pedagogia pela UBC, é especialista em Neuropsicopedagogia, Intervenção ABA para TEA, Educação Especial, Terapia Cognitiva Comportamental. Atende crianças e adolescentes com ou sem diagnóstico de transtorno. Palestrante. Contista com participação em podcast, poetisa com textos publicados em 6 antologias, pesquisadora na Revista Internacional The Bard.

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