Você já andou pelo Centro de Mogi das Cruzes e se perguntou quantas histórias contém nos imóveis mais antigos do município? Muitos se tornaram Patrimônios Históricos de Mogi, e armazenam uma série de curiosidades de séculos atrás em suas construções.
Alguns já passaram pelo processo de tombamento, que segundo o chefe de divisão de tombamento e arquivo histórico da prefeitura, Ubirajara Nunes, é uma espécie de proteção, onde o bem, seja ele material ou imaterial, passa a ser protegido.
“Qualquer tipo de intervenção ou alteração no bem, até mesmo o traslado, quando o bem, por exemplo, uma obra de arte tombada, se ela for removida do local, for levada para outra cidade, através do instrumento de tombamento, necessariamente o proprietário precisa comunicar o conselho de patrimônio sobre esse transporte. Nos patrimônios físicos, materiais, qualquer tipo de intervenção, a partir do momento que o imóvel é tombado, ele precisa passar por uma série de diretrizes e apontamentos feitos pelos órgãos de proteção. Então, intervenções de pequenos reparos, até mesmo pintura, dependendo do tipo de tecnologia construtiva do bem, precisa passar por uma orientação e também aprovação nas esferas de proteção ao patrimônio”, explicou Nunes.
Para que o tombamento ocorra, o patrimônio em questão precisa atingir alguns critérios, como: questão histórica, importância, personalidade importante ter residido no imóvel, e tecnologia construtiva.
Theatro Vasques
Um patrimônio muito conhecido na cidade que é tombado pelo Comphap (Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico) é o Theatro Vasques, que possui mais de 100 anos, construído em 1902, curiosamente antes do Teatro Municipal de São Paulo.
O local fazia sucesso com muitas apresentações, mas com a chegada do cinema em todo o país, em 1920, os espetáculos começaram a diminuir. Em 1937, ele é fechado e começa a ser ocupado pela Câmara Municipal até 1970. No começo da década de 80, ele é restaurado e tem sua fachada modificada e volta a ser utilizado como teatro.
Para que ele fosse tombado, foi aberta pelo Comphap uma recomendação em 2009 e, através de reuniões ordinárias do Conselho, foi estabelecida a abertura do processo de tombamento, e no departamento de patrimônio e arquivo histórico, a divisão de tombamento iniciou o procedimento com o levantamento dos documentos do teatro, fontes históricas, e fotografias, um trabalho minucioso que foi concluído em 2011.
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Patrimônios históricos tombados:
- Casarão da Mariquinha- Rua Alfredo Cardoso, 2 – Centro
- Theatro Vasques – Rua Dr. Corrêa, 515 – Centro
- Casarão do Carmo – Rua José Bonifácio, 516 – Centro
- Antiga Cadeia e Fórum – Rua Cel. Souza Franco, 1.010 – Centro
- E.E. Cel. Almeida – Rua Dr. Paulo Frontin, 240 – Centro
- Antigo Leprosário Santo Ângelo, atual Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti – Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves km 3,5 – Jundiapeba
- Casarão do Chá – Estrada do Chá Cx 5 – Cocuera
- Serra do Mar (CONDEPHAAT/COMPHAP)
- Igrejas das Ordens Primeira e Terceira do Carmo – Rua São João s/n.º – Centro
- Pinacoteca, antiga Casa da Câmara – Rua Cel. Souza Franco, 993 – Centro
- Casarão dos Duques – Rua Dr. Deodato Wertheimer, 2.282 – Mogi Moderno
- Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes
- Entrada dos Palmitos
- Festa de São Benedito
- Congada
- Moçambique
- Afogado
- Rezadeiras e Rezadores da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes