A importância da influência libanesa na cultura e na economia de Suzano foi destacada durante a sessão solene em homenagem aos 145 anos da imigração de libaneses no Brasil, realizada na Câmara de Suzano na noite de sexta-feira passada (14). Na ocasião, 20 famílias que integram a comunidade libanesa do município foram homenageadas.
O presidente do Legislativo, Artur Takayama (PL), conduziu o evento, que também contou com as presenças dos vereadores Jaime Siunte (Avante) e Josias Ferreira Silva (PCdoB), o Josias Mineiro.
Takayama reforçou a importância da imigração libanesa para Suzano. “Famílias libanesas ajudaram a construir caminhos, abriram portas, fortaleceram o comércio, renovaram a vida comunitária. E trouxeram valores que atravessaram gerações: o amor pela família, a honestidade como princípio e a fé que não se abala”, afirmou. Ele também lembrou que o primeiro prefeito de Suzano, Abdo Rachid, era membro da comunidade. “Isso diz muito: desde o princípio, a política da cidade já era influenciada por esses valores.”
O prefeito Pedro Ishi (PL) agradeceu a homenagem prestada pela Câmara e destacou a lei de 2011 que institui o Dia do Imigrante Libanês em Suzano. Ele também mencionou o simbolismo do cedro — árvore que representa o Líbano — e sugeriu que o município adote o gesto de plantá-lo, assim como faz com as cerejeiras, em referência à cultura japonesa.
O cônsul-geral do Líbano em São Paulo, Rudy El Azzi, lembrou que a comunidade libanesa no Brasil é a maior do mundo.
“Há mais libaneses e descendentes no Brasil do que no Líbano. Temos quase 150 anos de presença neste país com muita paz e harmonia. O Brasil nos acolheu de braços abertos”, afirmou.
Representando a comunidade libanesa de Suzano, Rymon Romanos destacou a chegada das famílias ao Brasil e o legado deixado por elas.
“Trouxeram sonhos, valores, costumes, a força do trabalho, o respeito ao próximo e o amor pelos familiares. Essas famílias plantaram raízes e deixaram marcas profundas na história de Suzano.”
O mantenedor e fundador da Unisuz e do Colégio Unisuz, Joseph Nazih Franciss, falou em nome dos homenageados. Ele ressaltou que 95% dos libaneses que vieram ao Brasil permaneceram no país e relembrou episódios da presença da comunidade na história suzanense, inclusive a visita de um presidente libanês ao município.
O secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo e ex-prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, destacou a atuação da comunidade em diversas áreas.
“São médicos, dentistas, engenheiros e políticos que fazem história na nossa cidade”, disse.
A primeira-dama Déborah Raffoul Ishi, que tem ascendência libanesa, ressaltou a representatividade da comunidade no comércio local.
“Tenho orgulho de representar no Fundo Social de Solidariedade a comunidade libanesa”, afirmou.
A cerimônia também contou com a presença do bispo maronita do Brasil, dom Edgard Madi, do 1º sargento Vinicius dos Santos, além de secretários municipais, autoridades e representantes de cidades vizinhas.
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Os homenageados:
Rafael Abud e Esmeralda Andery Abud; Abdo Rachid; Elias Tannus Mikael Anderi e Tereza Aboud Tannus Anderi; Anis Fadul; Moukbel Youssef Antoun e Salwa Antoun; Elias Moussa Bou Assi; Pedro e Saide Cury; Nagib Elias Eid Bou Ghosn e Foutine Tannus Bou Ghosn; Georges Elias Youssef El Ghossain e Chahraban Youssef Roumanos El Ghossain; Elias Moussa Chalouhi e Dawin Chalouhi; Joseph Nazih Franciss; Zein Hassan Salman; Antonio Latuf Cury; Miguel e Elmoza Cury Andere; Edouard Dib Georges Bou Raffoul e Georgette Fahd Chamoun Bou Raffoul; Romanos Antoun; Said Youssef Rafful Youssef Elias Al-Andari; Toufic Francis Ghossain; Jorge Romanos; e Waldemar Calil.
O Dia do Imigrante Libanês é celebrado em Suzano em 18 de novembro e integra o calendário oficial do município desde 2011, pela Lei nº 4.476, de autoria do vereador Jefferson Ferreira dos Santos, o Prefeito da Academia.












