Nesta quinta-feira (2), o senador capixaba Marcos do Val (Podemos) anunciou em suas redes sociais seu afastamento do mandato para o qual foi eleito em 2018 e teria de cumprir até 2026. A renúncia acontece com seu nome envolto em polêmicas nos últimos dias.
Após a eleição para a presidência do Senado – vencida por Rodrigo Pacheco (PSD) –, Do Val foi fortemente atacado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que o acusavam de traição, por supostamente ter votado em Pacheco ao invés do representante bolsonarista na disputa, Rogério Marinho (PL). Não é possível sequer comprovar tal afirmação, já que a votação foi secreta.
Depois da postagem de renúncia, o senador foi procurado pela GloboNews, onde fez uma revelação bombástica envolvendo o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB) e o próprio Bolsonaro. Na entrevista ele relata uma proposta feita por Silveira durante uma reunião ocorrida logo após as eleições de outubro de 2022, em que o ex-presidente e candidato derrotado estava presente.
De acordo com ele, a proposta era de que ele agendasse uma conversa com o ministro do Supremo Tribunal Federal e atual inimigo número um dos bolsonaristas, Alexandre de Moraes, onde, grampeado, conduziria a conversa para que o magistrado dissesse algo incriminador. Com a concordância de Bolsonaro, o objetivo final do plano era impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prender Moraes, concretizando assim um golpe de estado.
Segundo Marcos do Val, sua resposta foi um pedido para pensar sobre o assunto e responder em um segundo momento, o que o deu tempo para que relatasse a proposta para o próprio ministro.