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Policiais do SHPP (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Mogi das Cruzes prenderam, nesta segunda-feira (12), Thiago Alves da Silva Duarte, acusado, junto da esposa, de matar o próprio filho de apenas seis anos, em outubro de 2022. O crime aconteceu em Salesópolis.
De acordo com o delegado do SHPP de Mogi, Rubens José Angelo, as investigações iniciais indicavam a participação apenas da mãe, Sara, que foi presa em flagrante. Depois de tranferidas as investigações para “as mãos” mogianas, constatou-se, com base nas provas periciais e testemunhos, a participação do pai, mesmo que por omissão.
“Uma das suspeitas, a mãe, foi presa em flagrante, só que as investigações seguiram para ver se havia a participação do pai, só que, em determinado momento da investigação, quando se entendeu que ele não atuou para defender o filho quando aconteceu o caso, ele ficou foragido”, explicou.
Delegado do SHPP de Mogi, Rubens José Angelo / Foto: Bruno Arib
Segundo o delegado, Thiago se escondeu em diversos locais nestes últimos seis meses, tendo chegado inclusive a Foz do Iguaçu, no Paraná, para tentar fugir em direção ao Paraguai, mas sem sucesso. A caçada teve fim quando Duarte foi capturado no bairro Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo.
Segundo o delegado, foi necessário o uso de recursos tecnológicos para encontrar o paradeiro do suspeito.
CRUELDADE – Ocorrido em outubro de 2022, o assassinato de Thiago Alves da Silva Duarte Junior, de seis anos, esta repeleto de detalhes obscuros. De acordo com o delegado, a criança foi estuprada e torturada antes de ter sua vida ceifada.
Imagens fortes, às quais a GAZETA teve acesso, mostram o corpo da criança empalado com gravetos no ânus e na boca.
VERDADEIRO OU FALSO? – Depois de ocorrido o caso, circularam na imprensa e nas redes sociais uma série de informações inverídicas acerca dele. As principais são de que a mãe teria cometido o crime sozinha como uma forma de impedir o pai de requerer a guarda da criança em caso de separação do casal, e que tudo teria acontecido em um ritual obscurantista de uma seita.
A primeira afirmação foi parcialmente desmentida à GAZETA pelo delegado. De acordo com ele, a hipótese de envolvimento do pai no crime acaba por descaracterizar a teoria. No entanto, por ainda não se saber com profundidade a motivação, ainda existe a possibilidade.
A segunda hipótese segue o caminho da primeira: não há elementos para confirmá-la, mas também não há para descartá-la.
“A gente não pode ser taxativo e dizer qual a motivação, a gente não sabe se o pai já vinha estuprando o filho, se já era realizado alguma coisa, se foi vingança, se ela teria surtado, são várias possibilidades”, disse.
Rubens inclusive não descartou a participação de terceiros no crime.
“São apenas hipóteses, elocubrações, que são levantadas e nós não sabemos. Somente eles poderão revelar a verdade, nós estamos tentando montar o quebra-cabeça, mas os participantes do crime estão presos, o que é o mais importante”, concluiu.