Na tarde desta segunda-feira (17), a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre as investigações acerca do roubo à UBS (Unidade Básica de Saúde) Botujuru, em Mogi das Cruzes, em janeiro deste ano, que resultaram nas prisões de duas pessoas. Na ocasião, foram furtados 15 computadores.
Os acusados são um casal de colombianos e, segundo o delegado do do 3º DP (Distrito Policial) de Mogi, Alexandre Batalha, integram uma quadrilha especializada em crimes do tipo. Questionado, o responsável pela investigação disse ainda não saber com certeza o tamanho do grupo criminoso, ou a dinâmica exata de sua atuação.
Sabe-se, porém, que ele está envolvido em pelo menos cinco crimes. As diligências apontaram participação do grupo em furtos desde setembro de 2024, em unidades da UNESP (Universidade Estadual Paulista) em Botucatu, Franca e Bauru, e na FATEC (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) Presidente Prudente.
Ao lado do delegado seccional de Mogi das Cruzes, Waldir Antônio Covino Junior, e do secretário municipal de Segurança, Gilberto Ito, Batalha contou que os criminosos se passaram por pacientes da UBS antes de empreender no roubo, para tentar entender o funcionamento do serviço. A ação em dupla também era premeditada, para não chamar a atenção. Uma segunda mulher também foi identificada e, até o momento da coletiva, estava em vias de ser presa.
A polícia investiga também a situação legal dos imigrantes no país.
A identificação dos criminosos, que não tiveram suas identidades reveladas, foi possível graças a imagens das câmeras monitoramento da unidade, além de outras que há na cidade, interligadas ao COI (Centro de Operações Integradas), da prefeitura mogiana.
Questionado sobre estratégias da municipalidade para garantir a segurança de equipamentos públicos, Gilberto Ito disse que a ideia da gestão Mara Bertaiolli (PL) é fortalecer o sistema de monitoramento em diversos pontos da cidade, o que, como esse caso mostra, pode inibir crimes do tipo, além de contribuir na identificação e responsabilização de criminosos.
O delegado seccional destacou a importância da celeridade que essa investigação tem tido, não só pelo crime em si, mas por todos os efeitos decorrentes dele. “As pessoas podem pensar que é um crime de menor gravidade, mas foram subtraídos 15 computadores. Com isso, foi suspenso um serviço tão importante quanto o de saúde. Assim, a consequência do crime foi muito grave, prejudicando a população”, apontou Waldir Covino Jr.
Segundo os policiais, os computadores foram vendidos pela quadrilha e os receptadores estão sendo procurados.