Poá vai ganhar seu primeiro parque aquático

Com o 1º módulo previsto para, no máximo, 3 anos, equipamento será um atrativo turístico

Por Lailson Nascimento / Foto: Divulgação

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Turismo (27 de setembro), um grupo de proprietários de terrenos localizados na Vila Santa Helena, em Poá, anunciou um projeto que promete assegurar o título de Estância Turística ao município. Trata-se da construção de um parque aquático que poderá começar na Santa Helena e ir até a Vila Julia, a depender da aceitação dos donos dos terrenos espalhados em uma área de 300 mil metros quadrados.

Localizada em uma área no zoneamento urbano da cidade considerado como ZEIA I (Zona Especial de Interesse Ambiental), a referida área abriga mata nativa preservada com nascente – inclusive com a presença de saguis, pássaros e outras espécies -, e fontes de água, uma das principais riquezas de Poá. Além disso, ela está próxima do Balneário Municipal – cujas obras não foram concluídas e futuramente também vai integrar os atrativos turísticos de Poá.

Por ser área de ZEIA I, a área permite unicamente a edificação para a exploração da água (fontes), edificação para equipamentos turísticos controlados e lazer. O futuro parque aquático trará grandes benefícios para a cidade, com geração de empregos e renda para a população, melhorias no transporte público, maior arrecadação de impostos através do ISS, sem contar a valorização imobiliária que com certeza irá impulsionar os imóveis da cidade.

Visionário

O ex-secretário municipal de Governo de Poá, Augusto de Jesus, é um dos investidores do parque aquático. Justamente por já ter exercido cargos públicos – foi eleito duas vezes vereador, foi o primeiro secretário de Turismo da cidade e, recentemente, foi o secretário de Obras, Planejamento e Habitação -, ele entende que o projeto poderá ajudar a Prefeitura de Poá a assegurar o título de Estância junto ao DADEtur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos) e, ao mesmo tempo, gerar receita para o município e renda para a população.

“Há quem diga que a prefeitura perde recursos por não incentivar a iniciativa privada a aproveitar essas áreas e trazer recursos por meio do turismo. Mas a gente fica confiante que um empreendimento dessa natureza venha a contribuir com a cidade e com a região.”

Ainda segundo Augusto, há investidores interessados em investir no potencial turístico da área, que inclusive vai levar valorização para os imóveis de todo o entorno.

“Nós estamos ao lado da Capital, que é o principal emissor turístico do Estado, com mais de 12 milhões de habitantes, além da nossa região, que tem mais de 3 milhões de habitantes. Sem contar o Aeroporto de Guarulhos, que está ao lado da cidade, também temos ao nosso favor as melhores rodovias e as linhas de trem que interligam com o Metrô.”

Ele concluindo ressaltando que Poá tem uma grande oportunidade de não perder os recursos do DADE e de se firmar, de fato, como Estância Turística.

“Só falta a prefeitura incentivar mais a iniciativa privada para investir em equipamentos turísticos e Poá voltar a crescer e reabrir os equipamentos que foram fechados com a perda de recursos do ISS. Vamos pensar no futuro e gerar receita através do turismo, o setor que mais cresce no mundo todo e que, após a pandemia, promete ressurgir com força.”