30/04/2025
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Peter Turkson e o duplipensar racial: quando o negro errado não pode representar

Se a pluralidade de ideias não inclui os divergentes, ela não é pluralidade: é hegemonia disfarçada de virtude

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Nosso santíssimo vigário de Cristo, o Papa Francisco, agora repousa no seio de Abraão. Com isso, abre-se uma lacuna para a escolha do novo representante oficial do Pai na Terra.

No entanto, em meio à expectativa pela sucessão papal, algo me chama atenção: a reação de certos setores da militância progressista ao nome do cardeal ganês Peter Turkson — um homem negro, africano e conservador. Inspirado por Fernando Senzala, Doutor em Educação, chamo parte desses militantes de agiotas raciais: aqueles que cobram representatividade, mas só a entregam sob os juros da ideologia.

Durante anos, vi líderes políticos e ativistas sociais empunhando a bandeira da igualdade racial e da inclusão. Contudo, quando surge uma figura negra com grande protagonismo global, o que vemos? Rejeição. Tudo porque Turkson tem posições conservadoras.

É aí que surge a pergunta incômoda: só pode representar quem segue o roteiro ideológico permitido? Negros conservadores não são negros?

Esse episódio explicita uma contradição fundamental de certos movimentos identitários: prega-se diversidade, mas só se vier com pensamento único. Reivindica-se inclusão, mas se exclui quem discorda. Segundo George Orwell, é o duplipensar: a capacidade de defender a diversidade e, ao mesmo tempo, sufocar vozes divergentes — sem perceber a contradição.

Alguns dirão que estou generalizando. Não estou. Há militantes sinceros e coerentes. Mas também há um grupo barulhento que instrumentaliza a dor alheia para dominar o debate público.

Podem ainda dizer que Turkson não representa os negros porque não defende “os seus interesses”. Mas quem decide o que são os “interesses dos negros”? Um comitê ideológico? Ou cada indivíduo, com sua consciência e liberdade?

Se a pluralidade de ideias não inclui os divergentes, ela não é pluralidade: é hegemonia disfarçada de virtude.

DESAFIO AO LÍDER – Se você lidera um time, um projeto ou uma empresa, aprenda com o que está acontecendo: nem toda narrativa sobre diversidade e inclusão é, de fato, inclusiva. Muitas vezes, ela vem embalada em regras invisíveis sobre como pensar, como falar e quem pode ser ouvido.

Se a diversidade que você promove não comporta opiniões diferentes, ela é só maquiagem para agradar investidor ou parecer bem no Instagram.

Líderes de verdade criam espaços onde pessoas diferentes pensam diferente — é daí que nasce a inovação, a autenticidade e a maximização do lucro.

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josue-coimbra

Economista formado na PUC/SP

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