Na tarde desta terça-feira (11), policiais civis do Alto Tietê se depararam com a pergunta: “quem cuida de quem cuida?”. Esse questionamento retórico, assim como as chaves para as respostas, ocorreu na palestra “Saúde Mental e Autocuidado”, ministrada pela mestra e professora Cecília Santos, na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.
A ideia e organização do evento partiu da delegada Silmara Marcelino, titular das DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher) de Mogi e Suzano, que, à GAZETA, reforçou a importância de manter a atenção ao bem estar tanto das vítimas, quanto das agentes. Dentre as ações, está a adoção do slogan “seja uma mulher que levanta outras mulheres”, algo que ela e sua equipe têm como vocação.
“A gente tem um trabalho muito estressante e com assuntos muito sensíveis, então a gente precisa se autocuidar e se fortalecer. Como a gente levanta outra mulher se a gente não estiver bem?! Então, a ideia é trazer essa conscientização do autocuidado para a policiais, para que elas se fortaleçam, sejam policiais melhores e que possam realmente ajudar outras pessoas”, explicou.
Durante a palestra, a psicóloga abordou, de forma leve, simples e direta, a importância de reservar momentos do dia para dar atenção às demandas da mente, sendo muitas vezes necessário apenas gestos simples para cuidar dos aspectos físico, emocional, espiritual, intelectual e social.
Durante pouco mais de uma hora, a professora Cecília falou sobre os vários aspectos para o mantimento da saúde mental, tanto na importância da terapia – para todos –, quanto da alimentação e do sono.
À GAZETA, ela pontuou também a necessidades dos agentes de segurança pública se atentarem a isso: “Nós sabemos que algumas profissões são extremamente estressantes, dentre elas o exercício da atividade policial, e qual é o auxílio que eles têm no cotidiano? As vezes, mesmo tendo uma rede de apoio, nem sempre essa pessoa se permite desfrutar, então a minha intenção foi trazer um pouco da consciência do que é saúde para além do aspecto físico, a importância da saúde mental e também o preconceito que a gente tem com esse tema, e de até reconhecer que a nossa própria saúde mental pode estar precisando de uma atenção maior.”