Mesmo com o aumento de casos da febre Oropouche no país, as cidades do Alto Tietê, até o momento, não notificaram nenhum caso da doença. Ainda assim, as secretarias de saúde dos municípios informaram que estão realizando ações de prevenção à doença e eliminação dos criadouros.
A doença pode ser confundida com a dengue, e por isso tem causado preocupação na população da região. Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 19 de agosto, foram registrados 7.653 casos da doença no país. Um aumento de 769% se comparado ao ano passado, que registrou 832 casos em 12 meses.
Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel e Suzano, em nota exclusiva à GAZETA, informaram que até o momento não houve notificação de caso suspeito ou confirmado nos municípios. Salesópolis não respondeu ao questionamento.
A DOENÇA – De acordo com o Dr. Ralcyon Teixeira, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, as principais características da febre do Oropouche apresentam semelhanças com aquelas observadas na dengue e na Chikungunya. Incluindo febre com calafrios, dor no corpo, dor de cabeça, dor nas articulações e, ocasionalmente, náuseas e vômitos, que podem persistir por até uma semana. No entanto, os sintomas da febre do Oropouche tendem a ser mais brandos e menos intensos em comparação com os causados pela dengue e pela Chikungunya.
A forma de contrair a doença é bem semelhante à dengue: “A transmissão acontece pelo mosquito Culicoides, que é mais comum em regiões próximas a rios. Até recentemente, a febre do Oropouche estava restrita a surtos na região Amazônica, onde se observava o maior número de casos devido à elevada quantidade de mosquitos responsáveis pela transmissão da doença”, explicou Teixeira.
Para os indivíduos já diagnosticados com a doença, as recomendações são semelhantes às orientações para infecção por dengue: “É importante repousar adequadamente, manter uma boa hidratação e utilizar repelente para evitar a picada de novos mosquitos e a consequente ampliação do número de casos”, explicou o especialista.
Segundo as informações, não há medicação específica para o vírus. O tratamento deve seguir as recomendações de hidratação da dengue e controle dos sintomas com medicação para dor, e mal-estar.