17/03/2025
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Gazeta mantém reportagem sobre xenofobia, mas vereador diz que foi mal interpretado

Parlamentar afirma que sua fala foi “distorcida e descaracterizada” e que não teve a intenção de incitar os bertioguenses contra a população mogiana. Gazeta mantém informações
Carlos Ticianelli utilizou a tribuna da Câmara de Bertioga para atacar profissionais mogianas
Carlos Ticianelli utilizou a tribuna da Câmara de Bertioga para atacar profissionais mogianas - Foto: Reprodução

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O presidente da Câmara de Bertioga, vereador Carlos Ticianelli (PSD), enviou nota à Redação da GAZETA, contestando a reportagem publicada na edição 568, com o título “Vereador de Bertioga faz declarações xenofóbicas contra trabalhadores de Mogi”. O parlamentar afirma que sua fala foi “distorcida e descaracterizada” e que não teve a intenção de incitar os bertioguenses contra a população mogiana. Segundo ele, as críticas foram dirigidas exclusivamente à atuação de duas profissionais contratadas para a Secretaria de Saúde de Bertioga, independentemente de sua origem. A GAZETA sustenta e mantém o conteúdo da reportagem e traz outros trechos da fala do vereador que corroboram a informação.

“Essa é a nossa crítica, seja bertioguense ou não, maus profissionais não servem para tratar a coisa pública, pois a população merece sempre a melhor prestação de serviços”, afirmou Ticianelli. Ele reforça que há respeito pela cidade de Mogi das Cruzes e pelos mogianos que frequentam Bertioga, contribuindo com a economia local. (Leia abaixo a íntegra da nota do vereador)

PARA ENTENDER O CASO_ A polêmica teve início durante a sessão do dia 11 de fevereiro, quando Ticianelli criticou a gestão do INTS (Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde), OSS (Organização Social de Saúde) responsável pelo Hospital Municipal de Bertioga. Primeiro, ele fez ataques à qualidade da alimentação fornecida pela empresa aos funcionários. Então, o vereador mirou diretamente duas mulheres de Mogi, referindo-se a elas de forma pejorativa e ordenando que deixem seus cargos.

POSIÇÃO DA GAZETA_ A reportagem da GAZETA, assinada pelo jornalista Amarildo Augusto, não distorceu a fala do vereador, que pode ser encontrada na íntegra no vídeo abaixo. A matéria menciona as críticas de Ticianelli à qualidade do trabalho das funcionárias mencionadas, mas salienta o uso da origem das duas mogianas, o que é uma forma de preconceito.

Em outro trecho de seu discurso, não incluído na reportagem de sexta-feira, o presidente da Câmara critica a empresa, dizendo que ela “só obedece o gabinete do ódio” e completa: “Com a galera de Mogi das Cruzes, vindo aqui em Bertioga levar o dinheiro do bertioguense”. Ao final faz um apelo ao prefeito Marcelo Vilares: “espero que não tenha dó de meter a caneta, manda voltar pra casa, manda subir a serra e vamos colocar gente competente que nós temos dentro de Bertioga”.

Também mostramos que sua colega, Renata Barreiro (PL), ampliou os ataques, alegando que os trabalhadores mogianos “peguem a van, o ônibus, o carro, o jumento” e deixem Bertioga para “quem realmente é da cidade”.

A legislação brasileira, no artigo 20 da Lei 7.716/89 (Lei de Combate ao Racismo), considera qualquer prática de discriminação ou preconceito por motivo de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional como crime de xenofobia

A GAZETA reafirma seu compromisso com o jornalismo sério e com a divulgação de informações de interesse público, sempre garantindo espaço para a manifestação das partes envolvidas.

 

Íntegra da nota do presidente da Câmara de Bertioga, Carlos Ticianelli

Em relação a matéria publicada pelo Jornal GAZETA Regional “Vereador de Bertioga discrimina Mogiano”, o presidente da Câmara de Bertioga, o vereador Carlos Ticianelli esclarece que em nenhum momento quis incitar os bertioguenses contra a população mogiana. Destacamos o respeito e a consideração que o parlamentar tem com a cidade de Mogi das Cruzes e sua população. Inclusive população que frequenta Bertioga e injeta uma parcela significativa na economia do nosso município.

Sua fala foi distorcida e descaracterizada. Uma vez que o vereador estava relatando não compactuar com a conduta profissional de pessoas contratadas para trabalhar na Secretaria de Saúde do município e como elas estavam executando o trabalho no município de Bertioga. “Essa é nossa crítica seja bertioguense ou não, maus profissionais não servem para tratar a coisa pública pois a população merece sempre a melhor resposta e a melhor prestação dos serviços justificando a alta carga de impostos que sobrecarregam os munícipes e contribuintes”.

Por fim, o vereador reafirma o seu compromisso com a verdade e afirma que não se devem confundir críticas direcionadas pontualmente a setores que carecem de capacidade técnica e política. “Inclusive, política é a arte de agregar e não distanciar como, infelizmente, alguns fazem em Bertioga”.

Durante a sessão municipal, o vereador estava fazendo o seu trabalho, no qual foi eleito democraticamente para exercer no sentido de legislar e fiscalizar as ações do executivo municipal.

Vale destacar que a Constituição brasileira estabelece a função de um vereador, que na função de agente público, tem o direito de pedir esclarecimentos, investigar e denunciar irregularidades, tudo em prol da qualidade de vida da população, principalmente na questão “saúde”. Saúde essa que deve ser prioridade para nossa população.

Enquanto agente público, o vereador que está em seu terceiro mandato, reitera seu compromisso de sempre buscar a verdade e o melhor para a população bertioguense. Inclusive o vereador afirma não compactuar com nenhuma manifestação de preconceito ou discriminação.

Enquanto estiver em um cargo público, eleito para representar e buscar melhorias para a população, ainda esclarece que vai continuar exigindo que a população tenha acesso a serviços de saúde e de qualidade.

A fala do presidente da Câmara tem início no minuto 2:10:00

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