15/03/2025
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Dra Silmara Marcelino, delegada das DDMs de Mogi das Cruzes e Suzano
Confira vagas para cada município e onlne

Gabriel Caipira, lateral do Corinthians na Copinha, é de Salesópolis

Em entrevista exclusiva à GAZETA, família do jogador fala da trajetória dele e dos outros talentos da casa
Conheça a história da família do jogador corintiano
Conheça a história da família do jogador corintiano - Fotos: Reprodução e Cecília Siqueira

Receba as novidades direto no seu smartphone!

Entre no nosso grupo do Whatsapp e fique sempre atualizado.

Quando a locução oficial do estádio Paulo Machado de Carvalho, o saudoso Pacaembu, anunciou a escalação do Corinthians para o jogo que decide o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, um dos nomes proferidos foi o do salesopolense Gabriel Silva, o Caipira, lateral-direito, de 19 anos. O alvinegro da Zona Leste enfrentou o São Paulo neste sábado (25), num jogo que, além de sagrar o tricolor campeão da Copinha 2025, marcou a reinauguração do mais paulistano dos estádios.

Na quinta-feira (23), a GAZETA visitou a casa do jogador, onde seus pais, irmãos e empresário não só falaram sobre o orgulho que sentem por ele, que disputou sua terceira final de Copinha consecutiva, tendo sido campeão na edição de 2024, como também contaram a trajetória de sacrifícios necessários para uma família repleta de talentos.

Claudio Silva e Rita de Cássia, os pais, vêm de famílias simples e tradicionais de Salesópolis. Ela, do bairro dos Remédios; ele, do Alvorada. Quando o filho mais velho, Lucas Silva, 22, iniciou sua relação com o futebol, aos nove anos de idade, eles tiveram de sair da zona de conforto da cidade interiorana e conciliar a rotina de trabalho com levá-lo e trazê-lo dos treinos, primeiro no próprio município e depois na capital. Pouco tempo depois, Gabriel acompanharia a trajetória.

Claudio conta que precisou trocar de emprego para contribuir na realização dos sonhos dos filhos. Rita fazia as viagens quando podia, para ajudar o marido na missão. A ajuda de familiares e amigos foi fundamental, reconhecem os dois. “Já nos compararam ao pai do Zezé di Camargo e Luciano, no filme ‘Dois Filhos de Francisco’”, relembram rindo. Assim como o pai da dupla sertaneja retratada na obra biográfica, o casal também foi julgado por fazer “loucuras” pelo talento dos filhos.

Mudaram-se para São Paulo, para um apartamento próximo à sede do Corinthians, o Parque São Jorge, onde contaram com o apoio do clube e do agente dos garotos, Fabio Ronaldo, CEO da FRC Esportes, para se estabelecer. Também à GAZETA, ele explicou a importância do apoio familiar nos desenvolvimentos dos atletas, e de seu papel neste processo: “Há momentos muito difíceis para esses jovens. E ter a família do lado, apoiando, aconselhando, acompanhando, é fundamental para eles, como atletas e como pessoas.”

Depois de jogar em diversos clubes do interior paulista, inclusive o União Mogi, de Mogi das Cruzes, Lucas virou as costas para os gramados. A dura realidade imposta pela desigualdade entre clubes da elite do futebol brasileiro e os pequenos desgastou o amor à bola. Hoje, busca novos rumos enquanto torce pelo irmão, com a ajuda do caçula, Miguel Silva, 8, já chamado de “Canhotinha de Ouro” pelo pai. Pelo apelido, fica claro que ele não dispensou a genética boleira, seguindo os passos do irmão também jogando nas categorias de base corintianas.

A bola no pé não é o único instrumento que o outrora ponta-esquerda domina. Com um sorriso no rosto, Lucas mostrou à reportagem suas habilidades com o violão e a viola, com os quais canta modões antigos. Apesar dos apelos de Fábio, ele não considera a música um novo sonho, apenas uma forma de celebrar a história e os talentos de sua família caipira.

Compartilhe com Todos!
Facebook
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *