A prefeita da cidade de Paris, Anne Hidalgo, cumpriu nesta quarta-feira (17) uma promessa que fez em nome da realização dos Jogos Olímpicos, que se iniciam no próximo dia 26, e nadou no rio Sena. O mergulho ocorreu após a realização de obras bilionárias para a despoluição do rio e seu principal afluente, o Marne.
Um dos principais cartões postais da capital francesa, o Sena foi o epicentro de uma das maiores polêmicas envolvendo esta edição dos jogos, já que várias provas aquáticas estão previstas para acontecer nele, mesmo suas águas sendo consideradas impróprias para banho até pouquíssimo tempo.
Para reverter essa situação, foi investido € 1,4 bilhão, que equivale a R$ 8,35 bilhões em valores atuais, desde 2016.
O ato da prefeita, que estava acompanhada pelo presidente do Comitê Organizador dos jogos, Tony Estanguet, guarda um alto grau de simbolismo principalmente depois de, em agosto de 2023, os ensaios das modalidades que terão o Sena como palco terem sido cancelados por conta da má qualidade da água.
Isto ocorreu porque as obras de recuperação do rio preveem a “separação” de esgoto e água não tratada da do rio, o que não pode ocorrer em caso de chuvas intensas. Deste modo, a realização das provas depende da colaboração do clima.
Às 10h da manhã desta quarta, porém, a temperatura de cerca de 20ºC e o céu aberto garantiram as condições de banho de Hidalgo, Estanguet e demais autoridades.
Depois do mergulho, a prefeita discursou e fez referência ao ex-prefeito parisiense Jacques Chirac que, na década de 1990, havia feito a promessa de despoluir o rio, no qual era proibido nadar desde 1923. A previsão é de que em 2025 as águas do Sena sejam liberadas para toda a população.