Depois dos meses de espera para o nascimento de um filho, espera-se que esta seja a última vez que uma mãe precisará passar pela angustia de um longo período longe de sua cria, como está passando a dona de casa Verônica Pedro de Lima, que tem sua angustia potencializada por um processo judicial, no mínimo, nebuloso.
Moradora de Mogi das Cruzes, Verônica, assim como seu marido, o pedreiro Eudes da Silva, é natural do Rio Grande do Norte. Em 2021, quando Verônica aceitou vir morar com o novo marido, que já vivia em São Paulo, trouxe sua filha Ana Luiza, à época recém-nascida, que Eudes adotou como sua.
A família vivia tranquilamente até que, em setembro de 2022, Ana Luiza, então com um ano e oito meses, começou a demonstrar incômodos nas partes íntimas, com vermelhidão e coceiras, o que fez com que sua mãe procurasse ajuda médica na UPA do Jardim Rodeio. Na unidade, a equipe suspeitou da possibilidade de abuso sexual, acionando o Conselho Tutelar e a Polícia.
Veronica conta que, ao chegar na delegacia, a conselheira tutelar teria lhe dito para ficar tranquila que “ninguém tiraria sua filha”. Enquanto a mãe prestava depoimento, no entanto, a criança foi levada e até hoje não teve contato com a família. A última notícia que tiveram é de que Ana Luiza estaria na instituição Família Acolhedora, que não respondeu quando procurada pela reportagem.
De acordo com a advogada Andrea de Jesus do Nascimento, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a medida, mas, em razão do bem-estar da criança, ela é colocada em último plano e, quando, feita, deve ser de forma gradual e assegurando o direito da mãe de visitar.
Eudes foi apontado como um dos suspeitos, assim como um vizinho e amigo da família, mas Veronica nega veementemente que tenha ocorrido o abuso, seja por ele ou qualquer outra pessoa. Ela conta que, por ser dona de casa e não ser paulista, não trabalha e não tem o costume de sair de casa, tampouco de deixar a criança a sós com terceiros.
Depois de realizados dois exames de corpo de delito, aos quais a GAZETA teve acesso, a tese da mãe encontrou provas documentais, já que ambos descartam a possibilidade de “conjunção carnal ou outro ato libidinoso”. A falta de provas fez com que não fosse nem instaurado o inquérito na Delegacia da Mulher de Mogi das Cruzes.
Nesta sexta-feira (12), porém, completaram oito meses desde o último contato. Verônica não pôde abraçar sua filha em seu aniversário de dois anos ou no natal. Neste Dia das Mães, restam apenas a sede de justiça, lágrimas e dolorosas fotografias.
Respostas de 6
Lamentável, como pôde um órgão ( REDE ) que tem como dever proteger a criança e, estabelecer seus laços familiares, destruir uma família disseminando mentira apoiada pelos seus próprios integrantes, que mesmo sem provas prosseguem com um feito dessa magnitude.
desde de tudo começou ñ vejo a hora da justiça ser feita de te entregar sua filha . sou mãe e Ninguém queira está na sua pele . se deus quizer vai dá tudo certo .
Minha família foi injustiçada
Injustiça
O mais triste é , depois dos laudos médicos serem concluídos porque não foi provado nada , pois nada aconteceu com a filha da minha prima irmã , não houve abuso nem maus tratos com a criança , ainda assim , a justiça se recusa a devolver a criança pra mae , que justiça é essa ? Sou ex esposa do marido de verônica Pedro de Lima , mãe da criança , o Eudes , jamais faria algo desse tipo ou qualquer outra coisa com essa criança ! Tenho uma filha com ele , hoje com 25 anos , ele sempre tratou sua filha com amor e respeito !
Eu conheço o Eudes a muitos anos acho que ele mesmo jamais faria isso. As vezes foi só falta de higiene ou alguma inflamação de algum lugar que ela sentou