A cidade de Salesópolis foi sede, entre os dias 8 e 13 deste mês, de um encontro de especialistas em atividade física oriundos de todas as regiões do país. A quarta edição do PAPH-Brasil (sigla em inglês para Curso de Imersão em Atividade Física e Saúde Pública) reuniu profissionais, pesquisadores e professores da área no Hotel Rural Vale das Nascentes.
Realizado pela SBAFS (Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde), o curso tem como objetivo oferecer uma capacitação aprofundada a recém-formados doutores, além de dar uma boa possibilidade de eles fazerem networking.
Como o próprio nome do encontro sugere, os conteúdos dão conta da atividade física no âmbito da saúde pública, como explica o prof. dr. Alex Florindo, líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde da USP:
“A gente trabalha com a atividade física no sentido de promoção da saúde em vários sentidos, tem módulos em que a gente discute como eles vão trabalhar, enquanto pesquisadores, quando eles voltarem para suas regiões. Tem o conteúdo, por exemplo, de resgate histórico da área, como obter financiamento de pesquisa, como produzir artigos científicos, como liderar equipes de pesquisa, o SUS, a questão ambiental. São diversos eixos.”
Do ponto de vista dos alunos, não é apenas no conteúdo que a dinâmica é vantajosa. Para a doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe Ingrid Kelly Alves dos Santos Pinheiro, “é uma proposta de imersão, de estar junto de gente que a gente lê, acompanha, tem como referência”. Ela completa: “Estar junto desde a hora que acorda até a hora que vai dormir é muito bom, porque a gente tem uma troca muito boa, um networking muito bom, conhece pessoas de outros estados, como cada colega trabalha, para além da área que temos interesse.”
Questionada sobre a escolha de Salesópolis para o evento, a presidente da SBAFS, Christianne Coelho Ravagnani, atribuiu a uma questão logística.
“Salesópolis, além de ser uma cidade calma, tem a facilidade de as pessoas virem até São Paulo. Se a gente fizer em outros lugares, mais badalados, mais cheios, perde um pouco do sentido da imersão, de ficarmos reunidos e termos essa troca de experiência, o intercâmbio acadêmico, tanto nas atividades formais, quanto nos informais”, explica.