A Prefeitura de Poá promoveu, neste domingo (23), o festival “Poá Culturas Urbanas”, uma ação do Mês da Consciência Negra, que levou à Praça da Bíblia uma programação com diversas manifestações artísticas da cultura negra. O evento foi realizado pela APAA (Associação Paulista Amigos da Arte), por meio do edital Difusão CultSP, em parceria com a Secretaria de Cultura de Poá e a Nação Hip Hop Brasil.
A iniciativa teve como objetivo valorizar a produção artística periférica, fortalecer a cultura negra e promover a diversidade de vozes que constroem a identidade cultural do município. O público pôde acompanhar apresentações de destaque da cena hip hop e da literatura urbana. Entre os destaques desta edição está a vitória da jovem Nicolly MC, representante da Batalha do Grau de Poá, que conquistou o Troféu Exclusivo LabArt Nação Hip Hop ao vencer o Torneio das Batalhas do festival.
O evento contou ainda com Meire D’Origem, Toni C. (Editora LiteraRua), o escritor Sacolinha, os grupos Breaking 40+ e Breaking Kids, o Núcleo Hip Hop de Poá, além da Expô Graffiti com o artista Martucci. Também estiveram presentes o grupo Juventude Kolping Breaking, os DJs Pipoo e Sonora, e coletivos da Nação Hip Hop SP, como Instinto de Rua, Preto W.O e Teoria, reforçando a representatividade e o protagonismo da cultura periférica.
As tradicionais batalhas de MCs foram outro ponto alto do festival, com duelos entre artistas de Poá e Suzano, além das Batalhas do Grau e da Esperança, reconhecidas por estimular o improviso, o encontro entre gerações e a revelação de novos talentos.
Para o secretário de Cultura, Paulo Barbosa, o festival cumpriu seu papel de fortalecer e ampliar o acesso à arte urbana. “Tivemos um encontro que celebrou o poder da palavra e o ritmo das ruas. Foi um momento de exaltar nossas raízes, nossas vozes e a força das expressões periféricas que dão vida à cidade”, destacou.
O prefeito Saulo Souza (PP) avaliou o evento como um marco na programação do Mês da Consciência Negra na cidade. “Este festival reafirmou o respeito que temos pela história e pela contribuição da população negra na construção da identidade de Poá. A cultura transforma e fortalece vínculos, e levar esse grande encontro para o coração da cidade foi uma forma de reconhecer e valorizar essa trajetória”, afirmou.
