Itaquaquecetuba iniciou 2025 como o município que mais gerou empregos com carteira assinada no Alto Tietê. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na quarta-feira (30), pela Ministério do Trabalho e Emprego, a cidade fechou o primeiro trimestre com saldo positivo de 822 novas vagas formais, 150 delas só em março.
Em janeiro, foram 408 contratações; em fevereiro, outras 264. Os números consolidam a cidade como referência regional em geração de empregos, reflexo direto de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico e à qualificação da mão de obra local.
O secretário de Emprego e Desenvolvimento Econômico, Luciano Dávila, atribui o desempenho a uma gestão ativa e comprometida: “Temos convicção de que os bons resultados obtidos refletem o empenho e a dedicação desta administração em promover o emprego através de ações diversas.”
Dávila cita, entre essas ações, a busca ativa de vagas, oferta de qualificação profissional para a mão de obra local e a “humanização do tratamento dirigido aos empresários que escolhem nossa cidade para sediar seus empreendimentos, gerando cada vez mais postos de trabalho e renda aos munícipes.”
Entre os serviços da Secretaria, o Ponto de Atendimento Virtual (PAV) da Receita Federal realizou 4 mil atendimentos em 2024. O Via Rápida Empresa já registrou mais de 13 mil empresas. O InfoItaquá certificou 2.450 alunos desde sua criação, sendo 250 neste ano, e a versão avançada já formou 20.
O número de MEIs cresceu de 18.500 em 2021 para 30.750 em 2025 — alta de 65,91%. O PAT realizou 35 mil atendimentos entre 2021 e 2024. No Itaquá Mais Emprego, as vagas cadastradas aumentaram 144%, os trabalhadores inscritos, 101%, e os aprovados, 1000%.
Outros programas somam resultados expressivos: o Bolsa Trabalho beneficiou 1.186 trabalhadores; o Sebrae Aqui cresceu 19,59% em atendimentos; o Banco do Povo Paulista geriu R$ 282 mil em microcrédito. Cursos do Qualifica SP tiveram 1.166 concluintes, e a Oficina Criativa formou 270 pessoas em costura, 60 como cuidadores de idosos e 15 em logística.
Santa Isabel perde 172 empregos formais em 2025, o pior desempenho da região
Entre todos os municípios do Alto Tietê, Santa Isabel foi o que registrou o pior desempenho em termos de geração de emprego em 2025, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Nos primeiros três meses do ano, a cidade perdeu mais vagas formais do que conseguiu gerar. O resultado acumulado é de 172 vagas negativas.
Em março, 427 trabalhadores isabelenses perderam seus empregos com carteira assinada e apenas 368 foram contratados pelo regime CLT. Um saldo negativo de 59 vagas. Em fevereiro, 489 foram demitidos e 473 admitidos, o que significa um saldo negativo de 16. Janeiro registrou 472 demissões, contra 375 admissões, o pior desempenho do ano com negativas 97 vagas.
O trimestre desastroso é o pior da gestão do prefeito Carlos Chinchila (PODE), desde 2021, somando todo o primeiro mandato e o início do segundo. Naquele ano, houve saldo positivo de 230 vagas. Em 2022, com o final da pandemia, houve recuperação de 468 vagas no período. Em 2023, foram apenas 192 vagas geradas e, no ano passado, 213.
Panorama regional
A região do Alto Tietê gerou 790 empregos com carteira assinada em março. Após Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes aparece em segundo no trimestre, com saldo de 765 vagas, e Ferraz de Vasconcelos em terceiro, com 476.
Os piores desempenhos, atrás de Santa Isabel, são os Biritiba Mirim (17) e Salesópolis (34). Suzano ficou logo atrás das líderes, com 462 novos postos. Arujá (314), Poá (288) e Guararema (175) também encerraram o trimestre no azul.