Na manhã desta quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, para falar sobre seu papel nos atos golpistas que ocorreram na capital do país no dia 8 de janeiro. O ex-mandatário brasileiro falou às autoridades por cerca de duas horas, tendo chegado à sede da PF às por volta das 9h da manhã e saído às 11h20.
O depoimento foi um pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) e faz parte do inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura os atos golpistas.
De acordo com apuração da TV Globo, Bolsonaro só respondeu a perguntas sobre um vídeo publicado por ele nas redes sociais no dia 10 de janeiro, em que sem provas, colocava em dúvida o sistema eleitoral, mensagem que foi avaliada pelas autoridades como um sinal de que ele pode ter estimulado os atentados. A postagem foi apagada em seguida.
Ainda de acordo com o veículo, a defesa do ex-presidente se deu ao falar que ele compartilhou “sem querer” o vídeo, quando, na verdade, estava tentando salvá-lo para assistir depois. De acordo com seu advogado, Paulo Cunha Bueno, que falou com a imprensa depois do depoimento, Bolsonaro foi induzido ao erro por efeito da forte medicação, como morfina, que tomou nos dias anteriores, quando esteve internado nos Estados Unidos.
Ele não respondeu a outros questionamentos e afirmou aos investigadores que, se quiserem marcar nova data para tratar desses assuntos, vai comparecer.