O avô e a mãe do menino que é autista sofrem de depressão e o pai da criança dá pouca assistência ao filho
Por Aristides Barros / Foto: Arquivo Pessoal
As vidas da motorista Shirley Botelho Costa, 59 anos, do seu marido Altair Costa, 67, do seu neto Henry Silva Botelho, 3, e de sua filha Larissa Botelho Costa, 26, foram severamente afetadas pela pandemia do coronavírus. Isso logo no início do ano passado, quando começaram a surgir os casos da doença. A família mora na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo.
A esposa e o marido que sustentavam a filha e o neto passaram de trabalhadores autônomos a desempregados. Ela e Altair viram a atividade que exerciam – o transporte escolar – acabar junto à suspensão das aulas, acontecida para evitar que estudantes contraíssem a doença. Habilitados para exercer o ofício, o casal usava o próprio carro na atividade perdida junto aos clientes que sumiram no surgimento da Covid-19.
Sem trabalho, ela, o marido, a filha e o neto passam por dificuldades agravadas pelo fato de que o pequeno Henry é autista e a filha e o marido sofrem de depressão. E há um ano Shirley luta para que a família não pereça e se esforça para que não falte nada à criança. A alimentação do menino é cara e a avó pede ajuda para comprá-la, indo mais além: ela aceita doação do alimento, fraldas e remédios para o neto.
Criança só consome um tipo de alimento
Desde os seis meses de vida, após voltar de uma internação hospitalar e “provar” pela primeira vez a “papinha” Natur Nes, que é produzida pela Nestlé S.A., que Henry não aceita outra alimentação, a não ser essa que é feita com carne, legumes e mandioquinha.
Segundo a avó, o preço unitário do pote de 115 gramas é de R$ 3,50. O menino chega a consumir diariamente 12 “potinhos”. O valor da média mensal consumida chega a R$ 1260,00. Além da alimentação, a criança também precisa de fraldas especiais, pomadas e remédios.
Shirley mostra bastante disposição para trabalhar e diz que aceita fazer qualquer serviço para sustentar sua família com honra e decência. Embora tenha profissão, ela está fora do mercado de trabalho por conta do mal que momentaneamente varreu muitos ofícios do mapa. Tirou o Brasil do eixo e o jogou no universo do desemprego e da fome.
Interessados em auxiliar Shirley, de alguma forma, podem entrar em contato com ela pelo telefone (11) 9 6304-7418.