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Alô, Lô? Artista sofre tanto aqui nesse mundo, principalmente, no Brasil. Mas não escreverei sobre as dificuldades de ser artista, ainda mais num pedaço da Terra em que, por exemplo, contratante paga cachê milionário para uns famosos e nada para os da sua pequena cidade, que assim mais se apequena. Pois, estamos falando da desvalorização de todos que nela vivem.

Alô, Lô? Artista não morre. Faz passagem para o eterno. Há com certeza um céu, só para gente igual a Lô Borges. Criativo, inventivo, afinado, talentoso. Certa vez ouvi a Lidiane Santos Rodrigues dizer que arte é remédio para a alma. Deste remédio não é possível sofrer de alergia ou ter uma intoxicação medicamentosa, e por falar nisso, um motivo torpe para você fazer a passagem para o eterno. Na boa, você merecia no mínimo viver 100 anos, de forma saudável e alegre. Assim teríamos bem mais tempo contigo cantando e encantando. Porque você faz arte, você vive e viverá para sempre. Pois, caras como você são eternos.

No Livro “O livro dos abraços”, de Eduardo Galeano, tradução Eric Nepomuceno. Porto Alegre: L&PM, 2016 há a definição de arte, num texto onde narra uma história envolvendo Portinari em que a definição de arte é a seguinte: arte é arte ou arte é merda. E você Lô, fez apenas arte aqui.

Alô, Lô. Eu o ouço há uns 25 anos, comecei a ouvi-lo na Nova Brasil FM. Um girassol da cor do seu cabelo, trem azul, Clube da Esquina n° 2. Anos mais tarde, por intermédio de Roberto Prado, pude conhecer a discografia completa do Clube da Esquina e me aprofundei na sua carreira solo. Há anos, graças às plataformas de streaming, tive acesso a sua discografia completa e seus últimos lançamentos. Nunca fui a um show seu. Não por má vontade, avareza, preguiça. Nenhum pecado, embora quem é pobre pareça estar condenado a não ter acesso ao básico para se viver bem. Ir a bons shows para mim é o básico para o bem viver.

Não há bem viver, sem ouvir entre outras coisas, Lô Borges.

Alô, Lô? A ligação vai cair, a ficha de que você foi embora também vai cair, as lágrimas escorrerão, a vida é canção, sua canção é sem fim.

Vamos fazer assim. Continuarei ouvindo-o todo dia. Mas isso é egoísmo meu. Você me faz tão bem. Obrigado, Lô. Até breve.

Texto de Magno Oliveira
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Magno Oliveira escreve poesias desde os 13 anos. Responsável pelos eventos literários em Poá: Um Poema Em Cada Árvore, Declame para Drummond, Exposição Duas Artes Literatura e Fotografia, Festa do Livro de Poá (Flipoá). Criou e editou por vários anos o blog Folhetim Cultural. Já teve poesias publicadas em antologias poéticas. Em novembro de 2025 está previsto o lançamento de seu primeiro livro com título: É mais que futebol! Jardim Pinheiro Futebol Clube

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