O Alto Tietê registrou a criação de 41.449 empresas em 2024, um aumento de 14,5% em comparação com 2023, quando foram registrados 36.185 negócios, segundo a ferramenta Mapa de Empresa do Governo Federal. Desses empreendimentos, 96% (39.816) são microempresas, número que inclui os MEIs (Microempreendedores Individuais), enquanto 1.036 são empresas de pequeno porte e 597 empresas com outras naturezas jurídicas.
Entre as cidades da região, Mogi das Cruzes aparece em primeiro lugar, com o maior número de empresas abertas em 2024: 12.467. Suzano e Itaquaquecetuba aparecem logo em seguida com, respectivamente, 8.484 e 8.278. Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis ocupam os últimos lugares da lista, com 706, 461 e 246 novas empresas. Confira a lista completa:
MUNICÍPIO | 2023 | 2024 |
Mogi das Cruzes | 11.131 | 12.467 |
Suzano | 7.037 | 8.484 |
Itaquaquecetuba | 6.961 | 8.278 |
Ferraz de Vasconcelos | 3670 | 4.163 |
Poá | 2.628 | 2.879 |
Arujá | 2.352 | 2.647 |
Santa Isabel | 1.109 | 1.118 |
Guararema | 631 | 706 |
Biritiba Mirim | 431 | 461 |
Salesópolis | 235 | 246 |
36.185 | 41.449 |
De acordo com Gilvanda Figueirôa, gerente regional do Sebrae-SP, um dos grandes diferenciais da região é a diversidade econômica, que garante vantagens competitivas e maior resiliência diante de crises macroeconômicas.
“Temos setores tradicionais, como comércio e serviços, que continuam em alta, especialmente nos segmentos de cabeleireiro e vestuário. Entretanto, observamos o avanço de áreas como construção civil e transporte, que ampliam as possibilidades e fortalecem a economia local.”
Possibilidades essas que estão sendo muito bem aproveitadas pelos empreendedores da região. Tatiana Silva, 24, conta que, em 2024, deixou o seu emprego fixo para abrir o seu próprio negócio e, apesar dos desafios, tem se surpreendido com a economia local e os incentivos ao empreendedorismo na região.
Por outro lado, com o aumento no número de empresas, a competividade entre os negócios amedronta os empreendedores. Porém, muitos deles afirmam que a parceria pode ser o melhor caminho para todos. E é exatamente isso que a fotógrafa Gabriely Nascimento, 23, relata:
“Eu não consigo oferecer todos os serviços que as minhas clientes precisam, seja por falta de tempo ou dinheiro. Então, a união entre profissionais é essencial. Hoje eu tenho parceria com mais de cinco empreendedoras que maquiam, produzem roupas, cenários e até mesmo outras fotógrafas, e, no final, todo mundo se ajuda e sai ganhando.”