Menor cidade do Alto Tietê, Salesópolis está prestes a ter uma “virada de página” na área da saúde. Em funcionamento no país desde 1994, o programa ESF (Estratégia Saúde da Família) só está chegando ao município 30 anos depois. Ao demonstrar satisfação por finalmente conseguir implantar o serviço na cidade, o prefeito Vanderlon Gomes (PL) garante: “O programa ESF vai mudar a saúde do município.”
“Estou no meu oitavo ano de mandato e esse era um dos programas mais esperados pela população e especialmente por mim porque a gente acredita muito na prevenção da saúde da nossa população. Foi um trabalho intenso que, graças a Deus, chegamos na reta final do mandato entregando esse serviço que, com certeza, vai mudar a saúde do município”, observou o prefeito.
Embora o entusiasmo de Vanderlon Gomes possa parecer, em um primeiro momento, “mais uma promessa política”, ele encontra respaldo nos próprios resultados obtidos pelo programa. “Ao longo dessas três décadas, essa iniciativa revolucionária tem proporcionado um cuidado integral e humanizado à população, transformando a forma como a saúde é pensada e vivenciada em nossas comunidades”, definiu o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) na data em que o Saúde da Família chegou aos 30 anos.
PRÁTICA – Em Salesópolis, o trabalho já começou. Com quatro equipes formadas por meio de concurso público (são 20 ACSs [Agentes Comunitários de Saúde], quatro enfermeiros, quatro auxiliares de enfermagem e quatro médicos generalistas), a Secretaria Municipal de Saúde se dedica, nesse momento, a duas frentes: à capacitação dos ACSs e à realização de uma espécie de “Censo da Saúde”, uma vez que os próprios agentes comunitários vão percorrer as zonas urbana e rural da cidade colhendo informações sobre o estado de saúde de toda a população, que é estimada em 15 mil moradores.
Por meio do levantamento, cuja intenção é que esteja concluído até o fim de julho, a rede municipal irá fazer o planejamento das atividades das equipes, dividindo o trabalho entre o Distrito Nossa Senhora do Remédio, Centro e zona rural. Para que o programa passe a atender a população ainda este ano, é necessário que os moradores colaborem no sentido de receber os pesquisadores e responder o questionário formulado pela prefeitura. Vale ressaltar que todos estarão identificados como ACSs, como explica a secretária municipal de Saúde, Solange Silva.
“Vamos fazer o cadastro dos 15 mil habitantes, porque todos têm que ter o cadastro, tanto o individual quanto o familiar. Para realizar esse cadastro, os agentes vão estar identificados com o crachá. A população pode ficar tranquila em recebe-los, pois eles já são os olhos da nossa rede municipal de saúde”, concluiu.