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Prefeito põe lixo na conta da população e causa revolta geral em Biritiba Mirim

A Prefeitura de Biritiba Mirim ainda não municipalizou a coleta de lixo na cidade, como forma de baratear o custo de prestação desse serviço, o que foi promessa de campanha do prefeito Carlos Alberto Taino Junior (PL), o Inho.

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Alheio à crise econômica, inflação, desemprego e pandemia, Inho enfia aumento de gastos no povo

Por Aristides Barros / Foto: Bruno Arib

A Prefeitura de Biritiba Mirim ainda não municipalizou a coleta de lixo na cidade, como forma de baratear o custo de prestação desse serviço, o que foi promessa de campanha do prefeito Carlos Alberto Taino Junior (PL), o Inho. Ao invés de reduzir, os custos foram aumentados por meio de contratações emergenciais para o serviço, que atualmente é feito pela CKL.

O pagamento dessa conta vai recair sobre a população devido à criação da taxa do lixo, que será cobrada junto à conta de água. O raciocínio é: quanto mais lixo, mais sujeira e mais água para limpar. A taxa é projeto do Executivo e foi aprovado pelo Legislativo, com votos contrários de apenas quatro vereadores.

O projeto serviu de estopim da bomba que explodiu na revolta do povo contra o dirigente político biritibano. De fato, uma lei federal obriga a cobrança da taxa de lixo. Mas cada cidade deve adequar o projeto à realidade econômica de sua população.

Em Biritiba, a fúria decorre dos valores da taxa, cujo mínimo deverá ser a partir de R$ 19,35 e vai subindo à medida de grau de consumo.

“Vai pesar no bolso de famílias numerosas, quanto mais gente na casa, maior o consumo de água.”

Observa o vereador Luiz Paulo Monteiro de Araújo (PL)

Os moradores da cidade, a exemplo do país inteiro, tiveram perda de poder aquisitivo, são afetados pelo desemprego e outros males ocasionados pela pandemia.

Apesar de ser do partido de Inho, Luiz Paulo foi para cima do prefeito liderando a rebelião contra a taxa. “Vai afetar todos nós e quem vai sofrer mais é a população carente”, avisa o parlamentar, que votou contra a taxa. Ele disse que o prefeito pode rever a posição baixando os valores da taxa. Enquanto Inho não adota a medida redutiva, aumenta o número de protestos registrados em um abaixo-assinado, que já tem os nomes de mais de duas mil pessoas, todas moradoras da cidade.

Resposta da prefeitura

A prefeitura rebateu os vereadores alegando que eles apontaram valores infundados. Mas ela não apresentou os valores que seriam corretos. Sobre a contratação definitiva de empresa para a coleta de lixo, a prefeitura disse trabalhar para isso acontecer em um futuro breve. Porém, não precisou data, mês e ano desse “futuro breve”.

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