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Pós-Jogos: o que o Alto Tietê oferece a quem quer se tornar herói olímpico

A realização do sonho depende de condições que somente o poder público pode oferecer
A GAZETA investigou as condições e oportunidades disponíveis nas cidades do Alto Tietê / Foto: Warley Kenji/PMMC

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Os Jogos Olímpicos de Paris, encerrados em 11 de agosto, deixaram ao Brasil um saldo de 20 medalhas (três de ouro, sete de prata e dez de bronze). Além das conquistas, a performance de atletas como a ginasta Rebeca Andrade e a skatista Rayssa Leal acendeu a chama do esporte em muitas crianças e jovens, despertando o desejo de seguir os passos desses ídolos.

A realização desse sonho, no entanto, depende de condições que somente o poder público pode, ou não, oferecer. A GAZETA investigou as condições e oportunidades disponíveis nas cidades do Alto Tietê para crianças e adolescentes que desejam iniciar a prática esportiva, especialmente em modalidades olímpicas.

A reportagem procurou as secretarias de Esporte de todos os dez municípios da região (as assessorias de Poá, Ferraz de Vasconcelos e Salesópolis não responderam). Objetivo foi investigar as condições de infraestrutura disponível e qualidade das instalações; a existência ou não de programas de incentivo ao esporte, modalidades disponíveis e acessibilidade aos programas, desafios e limitações.

Essas são condições importantes e necessárias para o desenvolvimento de atletas e que podem fazer a diferença na formação de futuros heróis olímpicos. A seguir, o resultado da análise.

INFRAESTRUTURA – Entre os municípios que responderam à reportagem, a infraestrutura para a prática de esportes olímpicos varia significativamente. Mogi das Cruzes lidera em termos de unidades esportivas, com 21 centros que incluem arenas, ginásios e espaços dedicados a esportes como ginástica artística e artes marciais.

Suzano também se destaca com 14 praças esportivas, além de campos de futebol e academias ao ar livre. Já Arujá dispõe de quatro ginásios esportivos, um estádio, campos de futebol e quadras cobertas, descobertas e de areia.

Já cidades como Biritiba Mirim, Santa Isabel e Itaquaquecetuba possuem menos opções, mas ainda oferecem espaços como ginásios, campos de futebol e quadras poliesportivas. Guararema se beneficia do rio Paraíba do Sul e oferece aulas de canoagem slalom, que chamou a atenção dos brasileiros nos Jogos Olímpicos deste ano, com o quarto lugar de Ana Sátila, no caiaque individual feminino.

Apenas Mogi e Suzano mencionaram ter instalações próprias para ginástica artística, embora a modalidade tenha espaço em vários municípios, inclusive com o aumento da procura nos últimos dias, por conta das medalhas de Rebeca Andrade e do bronze por equipes das meninas brasileiras em Paris.

PROGRAMAS DE INCENTIVO – Quando se trata de programas de incentivo, a realidade também varia bastante. Mogi e Santa Isabel, por exemplo, possuem leis de incentivo fiscal que permitem a doação de parte do IPTU ou ISS para projetos esportivos. Suzano tem um programa similar, focado em patrocinadores que podem destinar até 25% do ISS recolhido para o financiamento de atividades esportivas.
Guararema, por sua vez, oferece bolsas mensais de R$ 400,00 para atletas e paratletas não profissionais, enquanto cidades como Arujá e Itaquá não forneceram informações detalhadas sobre seus programas.

ACESSIBILIDADE – Como entes públicos, é obrigação dos municípios ofertar o acesso à prática esportiva de forma universal e gratuita. O que varia de cidade para cidade é a forma como são feitas as inscrições e como é administrada a demanda oferta/procura por vagas disponíveis.
Em Arujá, o acesso é padronizado por meio do programa Viva Esporte. Mogi tem o programa Atleta Mogiano. Os demais municípios têm seus métodos próprios, mesmo que não recebam uma embalagem mais formalizada.

BALANÇO – A região do Alto Tietê oferece uma base considerável para o desenvolvimento do esporte entre jovens, mas há um longo caminho a percorrer para que todos os sonhos inspirados pelos Jogos Olímpicos possam se transformar em realidade.
A diversidade de programas e a infraestrutura disponível mostra que o potencial existe, mas é preciso mais investimentos, principalmente em modalidades menos populares. A região também carece de um maior envolvimento da iniciativa privada para garantir que todos os talentos tenham a oportunidade de brilhar.

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