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MP realiza operação de combate ao crime organizado em Arujá

Mandados estão sendo cumpridos em São Paulo e Arujá
Foto: MPSP

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A FICCO/SP (Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado) e o MPSP, por intermédio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo, realizaram na manhã desta terça-feira (3), a Operação Face Off. O objetivo é reprimir crimes de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro praticados por narcotraficantes internacionais e policiais civis. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva nas cidades de São Paulo e Arujá.

Além dos mandados de busca e de prisão, foram decretadas ordens judiciais de sequestro de bens imóveis e veículos, assim como o bloqueio de valores em contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas pelas práticas criminosas supracitadas.

Nas investigações, foi apurado que dois narcotraficantes, vinculados a uma organização criminosa responsável pelo envio de diversas cargas de cocaína ao exterior, principalmente à Europa, pagaram vantagem indevida (propina) a investigadores da Polícia Civil no valor de R$ 800 mil, em novembro de 2020, seguindo-se outros pagamentos mensais, de valores ainda não determinados, ao menos até o primeiro semestre de 2021.

O pagamento da propina, que foi intermediado por advogados dos narcotraficantes, resultou à época na interrupção (arquivamento) de uma investigação que estava em curso no DENARC (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), que apurava a atuação da organização criminosa no tráfico internacional de drogas.

No inquérito policial também é apurado o crime de lavagem de dinheiro cometido pelos narcotraficantes, pelos policiais civis investigados e pessoas a eles associadas (“testas de ferro” ou “laranjas”), tendo sido coletados elementos probatórios que comprovam a ocultação e a dissimulação de bens e valores de origem ilícita, bem como a prática de outros crimes antecedentes, além dos delitos de corrupção ativa e passiva, a exemplo do tráfico ilícito de drogas e de crime contra a economia popular (usura pecuniária).

O Juízo determinou sequestro e bloqueio de valores em contas bancárias até o limite de R$ 15 milhões. Foi deferido ainda o sequestro de veículos pertencentes aos investigados com valor aproximado de R$ 2,1 milhões e de imóveis, cujo valor de mercado está estimado em cerca de R$ 8 milhões.

A FICCO/SP é composta atualmente pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Administração Penitenciária e Secretaria Nacional de Políticas Penais.

A denominação da operação remete a um filme norte-americano, do ano de 1997, em que policial e criminoso “trocam de rosto”.

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