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Funcionário de loja acusa criança de roubo e mãe denuncia racismo

Injustiça ocorreu numa loja de doces na Cidade Tiradentes, Zona Leste da capital; família havia gasto R$ 500 em compras
O menino, assim como seus pais, é negro; o funcionário, branco - Foto: Reprodução

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Nesta última semana tem viralizado nas redes sociais um vídeo em que um garoto de 7 anos de idade se defende de uma acusação de roubo, enquanto sua mãe, a comerciante Giovanna Brasil, chora. O caso ocorreu na loja Magic Doces, na Cidade Tiradentes, Zona Leste da capital paulista.

A família estava, na última quinta-feira (22), comprando doces para a festa de aniversário da criança quando um funcionário os abordou acusando o pequeno de furtar um pacote de bolacha. De acordo com a mulher, foram R$ 500 gastos em produtos na ocasião.

O menino, assim como seus pais, é negro; o funcionário, branco.

Nas imagens, o garoto, constrangido, afirma não ter roubado nada, seguido pelo tom indignado da mãe ao dizer: “Eu sei que você não roubou, meu amor. Eu sei… mamãe sabe que você não roubou. A mamãe sabe o filho que ela educa, viu?!”

Ao acusar, o funcionário da Magic Doces afirmou que as imagens das câmeras de segurança do local provariam o suposto crime da criança, mas foi confrontado pelas próprias imagens, como admitiu a própria loja em nota posterior (leia abaixo).

A família decidiu por levar o constrangimento ao 44º Distrito Policial, em Guaianases, denunciando racismo, baseada principalmente na “coincidência” deles serem os únicos clientes negros na loja.

“Olhar racista a gente sofre, mas de chegar nesse ponto de ser abordado na frente de todo mundo jamais tinha ocorrido. Se ele tivesse tido bom senso de chegar na gente de cantinho… mas ele já chegou acusando”, diz a mãe num trecho do vídeo.

O 44º DP, porém, registrou o caso como “calúnia” apenas. O portal G1 informou que a SSP (Secretaria de Segurança Pública) admitiu que, após investigação, a tipificação pode ser alterada.

“O caso citado foi registrado no 44° DP e é investigado pelo 54° Distrito Policial (Cidade Tiradentes), responsável pela área. A autoridade policial vai ouvir os envolvidos e analisa as imagens, visando esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Cabe ressaltar que a tipificação inicial do boletim de ocorrência não é definitiva, e pode ser alterada ao decorrer das investigações”, disse a Pasta ao portal.

O advogado da família, José Luiz de Oliveira Júnior, afirmou que o caso será levado à justiça.

Veja o vídeo do caso:

Confira a nota da Magic Doces na íntegra:

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