Além de riscos à saúde humana, o tempo seco faz aumentar também as chances de incêndios na vegetação, as famosas queimadas. Na região do Alto Tietê esse risco existe, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil Estadual), que publica diariamente o Mapa de Risco de Incêndio, uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam o órgão no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período de estiagem.
Segundo o mapa, os últimos dias foram de “alerta para o risco de incêndio” aos municípios que compõem a região do Alto Tietê. Uma situação que deve continuar se repetindo na próxima semana. De acordo com o levantamento mais recente, nos dias 11 e 12 o risco é considerado alto.
De acordo com Willian Minhoto, meteorologista da Defesa Civil, ausência de chuva e a baixa umidade relativa do ar em todo território paulista explicam o risco elevado de incêndios florestais.
Os alertas também auxiliam as prefeituras, por meio das equipes de Defesa Civil municipais, a conscientizar a população sobre como evitar ações que provoquem as queimadas, prática que é crime ambiental previsto na Lei Federal 9.605/9.
Em Guararema, a proibição também está prevista na Lei Municipal 3.262/18, que estipula multa aos responsáveis de cinco a mil UFM (Unidade Fiscal do Município), além da obrigação de reflorestar a área degradada e de fazer doação de mudas”. A prefeitura também incentiva o uso de “aceiros”, técnica que consiste em uma faixa sem vegetação na superfície do solo, ao longo do terreno, o que pode prevenir ou atrasar os incêndios.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba, por meio da Defesa Civil, atendeu, nos últimos 30 dias, 11 ocorrências relacionadas a queimadas. Além de utilizar os mapas divulgados, a administração municipal adota uma série de medidas preventivas, incluindo monitoramentos realizados com o apoio da Guarda Ambiental e orientações à população com o objetivo de evitar a limpeza de terrenos com o uso de fogo, a realização de fogueiras e o descarte de bitucas de cigarro em áreas secas.
No combate aos incêndios, a atuação se dá por meio de recursos manuais como abafadores e bombas costais. Em situações que demandam maior volume de água, é utilizado o caminhão-pipa do município, com capacidade de 5 mil litros, para combater incêndios vegetais.
Poá registrou nos últimos quatro meses 62 ocorrências de incêndio no município. Como meio de prevenção, há programas de conscientização, panfletos, cartazes, informes em redes sociais, monitoramento das áreas suscetíveis e com maior reincidência de queimadas. Também é realizado fiscalização constante junto com a Guarda Ambiental.
A Defesa Civil de Suzano, no mesmo período, atendeu a 28 casos de fogo em vegetação. Deste total, 24 ocorreram entre maio e julho. O setor conta com todos os equipamentos necessários, como abafadores, bomba costal e viatura com bomba de água, além de roupas específicas. Em casos de incêndios de grandes proporções, o Corpo de Bombeiros é acionado.
Em Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos e Biritiba Mirim, o combate a queimadas é realizado, prioritariamente, pelo Corpo de Bombeiros, que atende pelo telefone 193, e pela Polícia Ambiental. As Defesas Civis desses municípios atuam na prevenção, por meio de fiscalizações e orientação à população.