Nesta quinta-feira (8) é celebrado o “Corpus Christi”, termo em latim para “o Corpo de Cristo”, data em que católicos de diversas partes do Brasil festejam confeccionando tapetes pelas ruas de suas cidades, mas qual a origem desta data tão importante para o catolicismo?
De acordo com registros da Igreja Católica, a celebração teve início quando, em 1258, o próprio Cristo teria aparecido, nos arredores de Liége, na Bélgica, para Santa Juliana de Cornillon, então apenas uma jovem, lhe pedindo que fosse acrescida no Calendário Litúrgico da Igreja a “Festa de Corpus Domini”.
A partir de visões da Lua, Juliana, aos 16 anos, entendeu que faltava na trajetória da Igreja uma festa litúrgica em adoração à eucaristia, ou seja, o ato de recebimento da hóstia consagrada, o símbolo do corpo de Cristo. Depois de 20 anos guardando segredo da visão, ela comentou com algumas pessoas, dentre elas Jacques Pantaleón, que acabara se tornando o Papa Urbano IV.
Outro fato teria ajudado na aceitação da ideia da festa por parte tanto da Igreja, quanto dos fiéis: o Milagre de Bolsena.
Em 1264, já durante o papado de Urbano IV, um padre alemão que viajava de Praga até Roma chegou à cidade italiana de Bolsena, onde foi celebrar uma missa. Enquanto se preparava para a eucaristia, viu que estava escorrendo sangue da Hóstia consagrada.
Depois de comprovado o milagre segundo os dogmas católicos, o Sumo Pontífice, tocado pelo milagre e as visões de Santa Juliana, fez com que a festividade fosse adotada por toda o mundo católico.
Os tapetes
Para o catolicismo, a Hóstia Consagrada, por simbolizar o corpo de Jesus, se trata de um dos símbolos mais importantes. Por isso, elas ficam sempre guardadas dentro do Sacrário, uma caixa especial, de onde só saem na hora da comunhão dentro da igreja.
De acordo com a liturgia católica, a eucaristia só pode ser feita dentro da paróquia, com duas exceções: ser levada aos doentes e durante a celebração do Corpus Christi, de modo que os tapetes surgiram como modo de “enfeitar” as ruas para a passagem do corpo do messias.
Confira a explicação do Padre Luiz Renato, pároco da Igreja Nossa Senhora d’Ajuda, de Itaquaquecetuba: