Quinto país no mundo que mais produz lixo eletrônico, com mais de dois milhões de toneladas por ano, o Brasil dá a devida destinação a apenas 3% desses resíduos, que contém substâncias tóxicas e prejudiciais ao meio ambiente, como chumbo, mercúrio e cádmio. Considerando este cenário, a GAZETA questionou as prefeituras do Alto Tietê sobre os serviços voltados especificamente a essa questão.
Baseado nas respostas, subtende-se que a principal arma da região para o descarte correto do e-lixo é a disponibilização de locais – algumas mais, outras menos – para isso. A exceção é Itaquaquecetuba, que, além dos 20 Ecopontos espalhados pela cidade, tem o programa Itaquá Recicla, uma cooperativa de reciclagem que conta com um caminhão para a coleta “porta-a-porta” de materiais recicláveis, dentre eles os eletrônicos.
Ecopontos são locais de entrega voluntária de materiais recicláveis ou reaproveitáveis.
Mogi das Cruzes e Suzano responderam que contam com quatro Ecopontos cada. A primeira dá finalidade aos materiais por meio da Cooperativa de Reciclagem, enquanto a segunda pela Univence.
Ferraz de Vasconcelos tem apenas um Ecoponto, mas destacou que “está com dois processos administrativos abertos para a construção de mais cinco.”
Arujá, por sua vez, admitiu não ter serviços voltados especificamente para a coleta de e-lixo, mas disponibiliza um local na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente ao qual os munícipes podem levar resíduos eletrônicos.
Um consenso entre as administrações municipais, quando questionadas sobre os desafios acerca do tema, é a necessidade de conscientização por parte da população dos efeitos do descarte incorreto, não só para o meio ambiente, mas também para a saúde pública, com a contaminação de solo e água.
Procuradas, as administrações de Biritiba Mirim, Guararema, Poá, Salesópolis e Santa Isabel não responderam aos questionamentos da reportagem.