O secretário municipal de Saúde, Márcio Knoller, também descreveu a situação crítica da pandemia por coronavírus na cidade
Da Redação / Foto: PMA – Divulgação
“Mesmo com o recente aumento na quantidade de leitos Covid que conseguimos, passando de 16 para 26 vagas, infelizmente, estamos novamente com superlotação, agora com 35 pacientes internados, inclusive crianças”, afirmou hoje o prefeito de Arujá, Luis Camargo (PSD), o Dr Camargo, referindo a duas crianças atendidas na rede pública da cidade (uma com 2 anos e Covid confirmada e outra de 2 meses com suspeita da doença).
No início da nova gestão na cidade, havia dez leitos de UTI e mais seis ventilatórios. Desses 16 leitos foi feito um incremento para 26 leitos, que foram rapidamente ocupados, frisou o chefe do Executivo Municipal. “Hoje, lamentavelmente, estamos com 35 pacientes internados, alguns em condições precárias, inclusive Pediatria, e o Governo do Estado não está disponibilizando transferências pelo sistema Cross, pois temos pedidos de transferência parados desde nove de março. Estamos exigindo da Secretaria de Estado da Saúde uma solução urgente para a nossa população’, apelou o prefeito.
O secretário municipal de Saúde, Márcio Knoller, também descreveu a situação crítica da pandemia por coronavírus na cidade. “Até a manhã de hoje (17) temos nove pacientes internados na UTI do Pronto Atendimento Médico (PAM) do Parque Rodrigo Barreto, mais 13 pacientes em leitos ventilatórios na mesma unidade, além de mais 13 em leitos também ventilatórios no PA (Pronto Atendimento) Central, somando, portanto, 35 pacientes. Além disso, estamos com 13 pedidos de transferência via Cross, de pacientes que necessitam de suporte ventilatório e que podem evoluir para uma UTI a qualquer momento”, antecipou.
Knoller comentou ainda que há pacientes recebendo suporte de oxigênio sentados em poltronas, por falta de leitos disponíveis. “Felizmente, ainda temos oxigênio, porque nossa demanda, que era de 10 cilindros semanais, aumentou para 25 cilindros a cada dia, sendo que um cilindro à beira do leito de um paciente é consumido a cada três horas, em média. No entanto, se a demanda se avolumar mais ainda, claro que existe o medo de faltar, tanto que na madrugada do domingo para segunda, quase ficamos sem a entrega, mas conseguimos antecipar”, detalhou.
Para o prefeito Dr Camargo, não há mais tempo a esperar. “Precisamos urgente que o Governo do Estado olhe para Arujá e os arujaenses e nos ajude, porque as ambulâncias não param de trazer pacientes para as nossas unidades e não vamos negar atendimento, porém, não temos mais onde colocar aqueles que necessitam de internação”, apelou.