Com quatro deputados federais em pleno mandato, Alto Tietê poderá ter mais opções em 2022
Por Aristides Barros / Foto: Divulgação
O anúncio da pré-candidatura a deputado federal de Marcus Melo (PSDB), ex-prefeito de Mogi das Cruzes, provocou um forte abalo sísmico nos bastidores da política do Alto Tietê, que já vinha registrando tremores pela fala do atual deputado estadual Rodrigo Gambale (PSL), que também abriu a sua intenção de buscar uma cadeira na Câmara Federal.
O tabuleiro político regional planaltino já tem em jogo os deputados federais Marco Bertaiolli (PSD) e Marcio Alvino (PL), cujo partido é controlado pelo presidente da agremiação política, o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, e dá as cartas no Governo Federal por ser a base principal de sustentação em Brasília. O deputado Roberto de Lucena (PODE) também é peça nesse jogo.
A anunciação das pré-candidaturas de Marcus Melo e Rodrigo Gambale pode não preocupar muito os atuais mandatários, mas traz um leve incômodo na captação de votos, porque ambos, é mais que certo, vão tirar muitos votos dos seus “colegas”, e um voto é suficiente para se ganhar ou perder uma eleição.
No caso de Mogi das Cruzes, Melo, que não conseguiu a reeleição para prefeito, dá um cartada ousada porque não conquistando uma boa quantidade de votos tem sua carreira política encurtada, para não se dizer sepultada.
Se a candidatura dele tira o sono de Bertaiolli, só quem dorme com o deputado que pode dizer. O sonho de um ex-prefeito pode ser o pesadelo de outro na mesma condição, mas atualmente com mandato em Brasília.
Ainda há boatos de uma nova candidatura à Câmara dos Deputados da também deputada federal Kátia Sastre (PL). É aquela política policial que ninguém sabe o que faz, não se vê em nenhum noticiário sobre o que ela está fazendo, mas todos a conhecem porque ela matou um ladrão no meio da rua. O tiro certeiro levou ela para Brasília e o ladrão para o túmulo. Mas há quem diga que tentar uma nova vaga no Congresso já é um tiro certeiro no pé.