Local mantinha pacientes contra vontade e sem laudo médico
Da Redação / Foto: Divulgação
Nesta terça-feira (9), as promotoras de Justiça Flavia Tucunduva da Silva Alves Miguel e Michelle Bregnoli de Salvo, de Mairiporã, em atuação conjunta com a Polícia Civil, vigilância sanitária, Guarda Municipal e Assistência Social, realizaram operação para fiscalizar a comunidade terapêutica “Góia Martins – Parque dos Milagres”.
“No local, foram constatadas inúmeras irregularidades relacionadas tanto à estrutura e higiene do local quanto à prática de crimes de tortura e cárcere privado praticados contra os 44 residentes. No local havia ainda diversos medicamentos controlados, sem receita médica e armazenados de forma inadequada”, informou o MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
Ainda segundo o órgão, alguns dos responsáveis pelos crimes e que se encontravam no local foram presos em flagrante. Após a realização de audiência de custódia, os flagrantes foram convertidos em prisões preventivas.
“Os residentes do local foram imediatamente liberados, uma vez que estavam ali contra a vontade e sem os respectivos laudos médicos. Cada um deles recebeu o encaminhamento adequado”, completou o MP-SP.
A fiscalização decorreu de um trabalho iniciado após a Promotoria de Justiça receber notícias, por meio de um habeas corpus, de que um homem estava sendo mantido no local contra a sua vontade havia aproximadamente 50 dias, fato totalmente ilegal diante da proibição de internações involuntárias em comunidades terapêuticas.
Uma resposta
Sensacional as medidas adotadas pelo MP na comunidade terapêutica de Mairiporã. São engana trouchas que hospedam pessoas de bem, as quais são torturadas e abusadas, sem controle e fiscalização do poder público.