Secretário de Saúde falou sobre os planos da gestão Eduardo Boigues para o setor
Por Lailson Nascimento / Foto: Bruno Arib
Quando foi escolhido como secretário municipal de Saúde de Itaquaquecetuba pelo prefeito Eduardo Boigues (PP), o vereador reeleito Edson Rodrigues (PODE), o Edson da Paiol, chegou a ter a sua competência para o cargo questionada por pessoas do meio político. Pouco mais de 30 depois, ele considera que já faz a diferença no cargo.
Confira os principais trechos da entrevista:
Gazeta Regional (GR): Secretário, como foram os primeiros 30 dias de trabalho na Pasta da Saúde?
Edson Rodrigues, o Paiol: Esses primeiros 30 dias de trabalho foram muito complexos, mas, ao mesmo tempo, muito gratificantes. Todo mundo sabe da situação que nós assumimos a prefeitura, mas estamos conseguindo desenvolver bem o trabalho. Nós começamos a trabalhar no momento da segunda onda da pandemia, juntamente com a vacinação, mas estamos trabalhando muito e gerando bastante resultados positivos para a população.
GR: E quais são os resultados práticos desse trabalho?
Paiol: Até agora a cidade vacinou cerca de 4,9 mil pessoas, o que representa pouco mais de 1% da população total. E essas pessoas que foram vacinadas são profissionais da área da saúde, tanto aqueles que estão na linha de frente quanto, também, pessoas que trabalham em serviços de saúde, como farmacêuticos, dentistas, fonoaudiólogos, seguindo os critérios do decreto estadual. Também vacinamos as pessoas que tem mais de 80 anos.
GR: O Ministro da Saúde disse que espera imunizar toda a população até o fim desse ano. Ele está muito otimista?
Paiol: A gente consegue concluir a vacinação até antes, mas o que precisa é a cidade receber as vacinas, que estão vindo contadas. Nosso município foi muito afetado pela doença e a quantidade que veio está abaixo do esperado. Se tivermos vacinas liberadas, a nossa equipe está preparada para imunizar o município como um todo.
GR: Enquanto imuniza a população, a cidade está prestes a inaugurar um covidário, espécie de hospital de campanha?
Paiol: Vamos abrir uma central dedicada ao tratamento da Covid-19, ou seja, equipe especializada para o atendimento aos pacientes infectados pela doença. Em 30 dias de governo, por determinação do doutor Eduardo [Boigues, prefeito de Itaquá], vamos inaugurar um pronto-atendimento altamente completo, com tomografia computadorizada, de última geração, com 25 novos leitos, sendo cinco de UTI com ventilador controlado.
GR: A prefeitura também interviu nos pronto-atendimentos, correto?
Paiol: Nós tínhamos um grande problema nos serviços de urgência e emergência. O município mantinha contrato com uma entidade que estava prestando um serviço de má qualidade, com muitas reclamações, desde a falta de médicos até filas quilométricas nas portas. Depois que entramos com a intervenção, aumentamos mais três médicos em cada plantão e, dessa forma, estamos reduzindo as filas, dando melhor qualidade de atendimento.
GR: Qual legado pretende deixar na prefeitura?
Paiol: Na verdade, em um primeiro momento recebi muitas críticas, porque as pessoas questionavam ‘como um veterinário iria cuidar da saúde de pessoas’. Mas as pessoas já entenderam a minha capacidade e o amor que tenho pela cidade, o amor pela vida, o amor pelo ser humano. Eu amo muito os animais, mas amo os seres humanos também. Estou provando, junto com o Eduardo, que viemos para fazer a mudança. Eu costumo dizer que a gente troca o pneu do carro andando, porque não podemos parar. O legado é provar que houve mudanças, sempre com transparência.