A revolta foi geral devido a “torneiras secas” e a Companhia só restabeleceu o serviço após uma intensa manifestação
Por Aristides Barros / Fotos: Bruno Arib
Aproximadamente 200 famílias que moram no Residencial Nova América 1 e 2, localizados no Jardim América, em Suzano, reagiram furiosamente a uma interrupção no fornecimento de água que, segundo eles, durou por dois dias, começando na manhã de segunda-feira (15), com o serviço sendo restabelecido somente na tarde de terça-feira (16), depois da ameaça de interdição da rodovia Índio-Tibiriçá, caso a água não voltasse a jorrar das torneiras.
O Jardim América fica na altura do Km 58 da rodovia e a paralisação do trânsito da pista, que é um dos elos de ligação da região do Alto Tietê com a região do ABC, não foi necessário, porque a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) enviou um funcionário que, após a manutenção de alguns dos equipamentos instalados nas proximidades do condomínio, conseguiu que a água voltasse às torneiras das moradias.
O forte tumulto instalado no conjunto habitacional também se deveu a pendências financeiras com a Sabesp, sendo que uma parte vultosa da dívida com a Companhia tem de ser paga pela construtora responsável pela execução do projeto e outra parte – cerca de R$ 11 mil – tem de ser pago pelos moradores, muitos deles refutam esse valor considerado exorbitante porque alegam que moram menos de três messes no residencial.
Sobre a questão da dívida foi marcada uma reunião marcada para às 9 horas de quarta-feira (17) na Prefeitura de Suzano, onde representantes da Sabesp e uma comissão de moradores vai debater sobre o assunto para ver quem vai pagar o que, e de que forma vão acontecer esses pagamentos.
A reunião de quinta-feira será intermediada pela https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistração municipal suzanense, que na terça-feira, quando o clima ficou em alta temperatura, enviou dois funcionários da Secretaria de Habitação para tentar acalmar os moradores. Todos estavam com os nervos à flor da pele por não ter nenhuma autoridade do município presente para uma solução que os tirassem da situação perigosa, por conta da pandemia do Coronavírus que obriga a higienização, o que é impossível ser feita sem água.
O Residencial Nova América 1 possui 10 blocos e 200 unidades habitacionais. E todos os moradores ficaram dois dias sem ter um pingo de água nas torneiras. A Sabesp afirmou a um grupo de moradores que não houve a suspensão do serviço (corte de água) e que a falta do produto se deveu a um problema em um dos equipamentos que abastece o condomínio.