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Mídia, educação e o combate à desinformação

O controle da informação sempre foi estratégia para a manutenção de qualquer estrutura de poder personalista. Numa conjuntura de ruptura provocada pelos meios digitais e de sociedade hiperconectada, discutir a relação entre mídia e educação se torna um desafio ainda mais complexo, desafiador e emergente nesses tempos de tanta desinformação.

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Por Gisleine Zarbiettis / Arte: Giovanna Figueiredo

O controle da informação sempre foi estratégia para a manutenção de qualquer estrutura de poder personalista. Numa conjuntura de ruptura provocada pelos meios digitais e de sociedade hiperconectada, discutir a relação entre mídia e educação se torna um desafio ainda mais complexo, desafiador e emergente nesses tempos de tanta desinformação.

Nossa vulnerabilidade em termos de segurança digital que fez do Brasil líder mundial em vazamento de dados pela internet em 2020 é outro entrave que precisa permear o debate entre mídia e educação. Assim como o círculo de desinformação que se propaga, sobretudo nas redes sociais, a falta de uma cultura de proteção de dados também afeta o andamento da Justiça e da democracia no Brasil.

Em todo o mundo há um consenso de que a educomunicação – também conhecida como letramento midiático e que busca compreender o papel da mídia na sociedade – é um caminho viável e eficaz para enfrentar as fake news, o discurso do ódio, o obscurantismo que se reproduz com facilidade nas plataformas digitais e fortalecer a democracia.

Criar políticas públicas de letramento midiático para garantir que a sociedade não sofra com decisões tomadas a partir de informações falsas é um caminho eficiente nesse processo, mas não é o único. Discutir a reforma da mídia, a regulamentação dos meios de comunicação e uma Política Nacional de Cibersegurança eficiente são outras medidas necessárias, mas que não podem desprezar o atual cenário da comunicação no Brasil, que é profundamente desigual e encobre relações de poder.

A criação de políticas públicas de letramento midiático em toda a esfera social e não somente no ambiente escolar é uma das estratégias para avançar na política da comunicação no Brasil. Isso garantiria com que a sociedade não sofresse com decisões tomadas a partir de informações falsas, ajudaria a desconstruir a narrativa que associa a regulação dos meios à censura e principalmente com que liberdade de imprensa não fosse confundida com liberdade de empresa.

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