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Macron no Brasil

Foto: Divulgação/Ayrton Vignola/Fiesp

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O presidente francês Emanuel Macron está atualmente em visita ao Brasil, porém, não há motivos para celebrar essa presença.

A Europa sempre demonstrou interesse em preservar a Amazônia, um verdadeiro tesouro natural. No entanto, o que me causa certo desconforto é questionar o porquê desse intenso interesse.

É importante lembrar que, na Europa, temos enfrentado recentemente números alarmantes de incêndios florestais, sendo que somente a floresta taiga, cobrindo uma área de aproximadamente 12 milhões de quilômetros quadrados e representando quase 29% da cobertura florestal do planeta, é três vezes maior que a Amazônia.

A Taiga é a maior floresta do mundo, e tem sido devastada, todavia, pouco se ouve sobre a preocupação da Europa com a mesma, que também sofre com as mudanças climáticas.

Além disso, no continente africano, do outro lado do estreito de Gibraltar, encontra-se a Floresta do Congo.

A pobreza no continente africano atinge níveis alarmantes, levando as pessoas a derrubar árvores para obter lenha e assim preparar alimentos.

Parte da pobreza na África é atribuída ao imposto colonial cobrado pela França, que persiste até os dias atuais. O governo francês exerce controle sobre a emissão de moeda de 14 países africanos, exigindo que mantenham 85% de suas reservas internacionais depositadas no Banco Central Francês. Essa transação custa às ex-colônias cerca de US$ 500 bilhões anualmente. E é esse governo que mantem a África queimando em miséria, que vem ao Brasil nos ensinar a cuidar de nossa floresta?

Uma investigação conduzida pelo Greenpeace descobriu que 2,6 milhões de hectares de floresta adjacente à Floresta do Congo foram convertidos em plantações de dendê, especialmente na Libéria, Serra Leoa e na República do Congo. Mais uma vez, não há registros de ações por parte do governo francês para proteger esses ecossistemas cruciais.

Hostilidades

Macron tem demonstrado uma postura de hostilidade em relação ao Brasil, no que diz respeito ao agronegócio. Devido à maior eficiência e rentabilidade de nosso setor agropecuário em comparação com o francês, Macron tem trabalhado arduamente para evitar a comercialização de nossos produtos na Europa.

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia encontra-se congelado graças às exigências intransponíveis feitas por Macron não apenas ao Brasil, mas também aos demais países membros do bloco.

Por que o interesse na Amazônia, diante de tantas questões internas?

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Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 34
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