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“Eu, Sugar Daddy” explora afeto, dinheiro e estigmas em livro inédito

Wallace Leão aborda a evolução do sexo desde os anos 60, e coloca a opção sugar como meio de distribuição de renda e de combate à depressão e ansiedade
O lançamento ocorrerá na Livraria Travessa do Shopping Iguatemi, nesta terça-feira (2) / Foto: Divulgação

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Quando falamos de relacionamentos, buscamos sempre por uma conexão genuína, aquela pessoa que nos faça sentir borboletas no estômago. Entretanto, acima dessa ideia calorosa de paixão, está a procura por apoio, seja ele emocional ou financeiro. E é aí que entram as relações sugar. Desafiando as convenções tradicionais, elas introduzem uma dinâmica de troca de benefícios financeiros (os chamados “mimos”) por companhia e afeto. Atualmente, o Brasil possui cerca de 15 milhões de sugars (entre “babies”, daddies” e “mommies”), segundo dados do MeuPatrocínio, principal site de relacionamentos do país.

Entre eles está Wallace Leão, empresário aposentado de 73 anos que decidiu compartilhar suas vivências e aprendizados neste universo, em seu novo livro de memórias “Eu, Sugar Daddy”. Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, o escritor adotou esse estilo de vida há cerca de sete anos atrás, quando um amigo do clube que frequentava lhe falou do site. A obra, publicada pela editora Lacre, acompanha a evolução da liberdade sexual desde os anos 60.

“Até hoje percebo muito preconceito e pouco entendimento do que realmente é esse mundo sugar. Então, rememorando todas as mulheres que passaram pela minha vida, percebi que poderia escrever algo mais abrangente, ou seja, contar a história da evolução do sexo ao longo de todo esse tempo. Apesar de ser assinado por mim, de certa forma esse livro foi escrito por elas, através de encontros, jantares e conversas que tivemos”, conta o autor.

Ao todo são 29 capítulos que dialogam com momentos marcantes na vida de qualquer pessoa, como o primeiro beijo e a perda da virgindade. Através de suas experiências sugar, o escritor explora temas sérios como transtorno de bipolaridade, desigualdades sociais e alienação parental.

“Encaro a opção sugar como algo natural e benéfico para ambos. Quero mostrar essas relações como excelentes mecanismos de distribuição de renda, e ferramentas poderosas no combate à depressão e à ansiedade. Muitas das babies que conheci são mães solteiras, que querem oferecer condições melhores para os filhos, outras são universitárias formadas e precisam de ajuda para cursarem uma pós. Então imagine um homem mais velho, em boa situação financeira, que pode se revitalizar e ainda ajudar essas mulheres a crescer na vida, oferecendo melhores oportunidades”, explica.

Pré-venda através da Editora Lacre

Embora as histórias contadas no livro sejam reais, todas as pessoas mencionadas tiveram seu nome alterado, em respeito à sua segurança e privacidade. Entre elas está Steffani, aquela que Leão aponta ter sido a que mais o comoveu – uma mulher que lutava contra um câncer terminal e tinha apenas mais um ano de vida.

“Quando nos conhecemos, era como se fosse a materialização de um sonho. Ela era idêntica à Audrey Hepburn, a protagonista do clássico Bonequinha de Luxo. Mas durante nosso primeiro encontro ela me revelou sobre seu câncer hereditário. A partir dali criamos uma intimidade única na vida. Quando contei sobre esse livro, ela fez questão de ver o manuscrito. Ela mostrou uma coragem e um desejo de viver que há muito tempo eu não via”, completa.

Apesar do senso comum, que compara a relação sugar com a prostituição, Wallace afirma que são situações totalmente diferentes, e garante que todos os relacionamentos que teve até hoje foram baseados, antes de tudo, no afeto e no companheirismo.

“A prostituição é, basicamente, uma relação comercial em troca de sexo. No caso sugar, a realidade é outra. Trata-se de um relacionamento comum, com afeto, carinho e respeito. Os “mimos” não são o foco da relação, e sim uma de suas características. Uma das minhas “amizades” mais longas durou cerca de um ano, e ela inclusive morou comigo. Acho que isso mostra que o dinheiro não é tudo”, comenta.

Wallace é pai de três filhos – dois homens e uma mulher. Todos são adultos e possuem opiniões divergentes sobre o assunto: enquanto os mais velhos se mostram avessos aos relacionamentos do pai, o caçula aceita mais facilmente. Abrir-se com os filhos foi um ponto crucial para publicar o livro, conta o autor.

“Para eles é um assunto complicado. Eles nasceram com todas as oportunidades que a vida permite, então não sabem o que é passar necessidade, e não se imaginam dentro desse universo. Mas, caso algum familiar meu decidisse entrar nesse universo, com certeza lhe daria o caminho das pedras”, finaliza.

O lançamento ocorrerá na Livraria Travessa do Shopping Iguatemi, na terça-feira, dia 02 de abril, às 18h30. A publicação faz parte do selo Kãma, da editora Lacre, que conta histórias mais ousadas e eróticas.

Endereço completo – Livraria Travessa, Shopping Iguatemi – Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano – São Paulo – SP

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