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Estado de greve: Sindicalistas ignoram trabalhadores e conversam com prefeitura sem falar com a categoria

O movimento dos servidores públicos municipais de Poá que estava caminhando para a deflagração de uma greve foi interrompido pela reunião inesperada desta segunda-feira, 26, entre a prefeita Marcia BIn (PSDB) e representantes de três sindicatos, que não teve a participação das associações da categoria.

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Grupo deu a volta nos servidores e foi para o diálogo unilateral com a prefeita Marcia Bin

Por Aristides Barros / Foto: Bruno Arib 

O movimento dos servidores públicos municipais de Poá que estava caminhando para a deflagração de uma greve foi interrompido pela reunião inesperada desta segunda-feira, 26, entre a prefeita Marcia Bin (PSDB) e representantes de três sindicatos, que não teve a participação das associações da categoria.

A reunião “fechada” da prefeita com a diretora regional do SindSaúde, Katia Aparecida Santos, o diretor regional do Sineduc, Paulo Sérgio de Oliveira França e a presidente do Sinserp, Marileila Boaceff, decepcionou a categoria que viu a atitude como uma traição aos servidores poaenses. 

Na sua página em uma rede social a própria Marcia Bin falou pelas três entidades de classe expondo que “os sindicatos têm se posicionado contrários a uma possível greve dos servidores, pois entendem a dificuldade que estamos enfrentando” disse a prefeita destacando. “inclusive, a reunião de hoje foi bastante positiva, pois o grupo entendeu a explanação feita pelos técnicos”.

Enquanto o “grupo” se entendeu com a prefeita, a categoria segue com o estado de greve e a ideia fixa de levar à justiça a matéria que retirou direitos dos servidores municipais. A tese é defendida pelo professor e diretor geral da Associação dos Servidores “Juntos Somos Mais Fortes”, Edgar Passos, que está entre as lideranças que defendem a manutenção dos direitos do funcionalismo. 

“Estamos avaliando a melhor forma de conduzir a questão para levar ao Judiciário provas concretas da inconstitucionalidade do projeto de lei que atacou frontalmente o servidor público nos seus direitos fundamentais”, disse entendendo que a conversa isolada dos três representantes sindicais com a https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistração foi outro golpe na categoria, depois que a Câmara aprovou o projeto de lei de retirada de benefícios do funcionalismo. 

Indagado sobre a “divisão” sindical, Passos preferiu não comentar se os três Sindicatos ao se unirem à prefeitura e Câmara enfraqueceram o movimento dos servidores. No entanto, ele não escondeu o descontentamento em não poder contar com os sindicalistas para fortalecer as reivindicações pleiteadas. 

Outras vozes posicionaram que como a atitude dos Sindicatos esvaziou o movimento eles terão a mesma resposta com a desfiliação dos filiados. “Sindicato forte é aquele que está com a categoria, não dá pra ficar com pelegos”, protestaram.

Agenda

O professor Edgar Passos enumerou as ações que a categoria vai seguir em protesto à prefeita Marcia Bin e seus aliados. “Vamos manter o estado de greve, faremos uma assembleia na próxima terça-feira, 3, às 17 horas, em frente à Câmara e no próximo sábado às 9 horas faremos o 1º de Maio de Luta, com outra concentração em frente ao legislativo, onde realizaremos a Campanha de Solidariedade arrecadando alimentos para as pessoas que estão sem emprego e passando fome”, disse. 

“Também vamos fazer a coleta de assinaturas para fazer os Projetos de Lei de iniciativa popular para extinguir os cargos de chefia na prefeitura de Poá e criar o auxílio emergencial de R$ 300,00 para as famílias cadastradas no Serviço Social da cidade. Ainda nesse mesmo dia vamos denunciar os vereadores que votaram contra os servidores municipais e pedir que os poaenses não comprem nos comércios desses vereadores. Porque eles tiraram o alimento das mesas dos trabalhadores e não merecem ter um real entrando no seus comércios”, salientou.  

A nota em que a prefeita Marcia Bin fala como líder dos sindicalistas

“Boa noite! Na tarde desta segunda minha equipe técnica e eu fizemos uma reunião com três sindicatos de servidores. No encontro, nós prestamos contas e justificamos o conteúdo da PL-26, para a diretora regional do SindSaúde, Katia Aparecida Santos; o diretor regional do Sineduc, Paulo Sérgio de Oliveira França; e a presidente do Sinserp, Marileila Boaceff. 

Infelizmente, o congelamento temporário do vale alimentação foi uma das medidas que tivemos que tomar com o objetivo de reorganizar Poá. Pegamos uma cidade cheia de dívidas e desde o início do ano estamos realizando diversas outras ações, como revisão de contratos, devolução de prédios, veículos e equipamentos locados, redução do quadro de servidores comissionados, corte das horas extras, entre outras, com a função de reerguer Poá.

Essa não é a primeira reunião que realizamos com os representantes sindicais sobre o assunto e, por manter esse diálogo, os sindicatos têm se posicionado contrários a uma possível greve dos servidores, pois entendem a dificuldade que estamos enfrentando. Inclusive, a reunião de hoje foi bastante positiva, pois o grupo entendeu a explanação feita pelos técnicos.

Quero agradecer a minha equipe por todo o empenho para reconstruir Poá. A luta é árdua, mas estamos aqui enfrentando todos os desafios. Espero logo poder estar realizando grandes feitos e sempre em dia com tudo aquilo que o poaense tem por direito. Espero ter a sua confiança para poder continuar e resgatar o seu orgulho de ser poaense.”

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