Organizada pelo movimento “Pedágio Não” a manifestação contou com a presença do prefeito, vereadores e outras lideranças da cidade
Por Giovanna Figueiredo / Foto: Bruno Arib
Todos contra o Pedágio. Na manhã deste sábado (22) uma carreata organizada pelo “Movimento Pedágio Não” percorreu um trecho da Mogi-Dutra (SP-88), se manifestando contra a instalação de praças de pedágio na rodovia. Dezenas de carros, motos e caminhões fizeram parte do protesto. O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (PODE), vereadores da cidade e outras lideranças também participaram do movimento.
“Se não fosse a população abraçar essa causa, ficaria mais difícil. Se hoje, ainda não tem pedágio aqui, é porque a sociedade civil, principalmente o movimento Pedágio Não, se mobilizou em prol disso, nós estamos aqui não só apoiando, mas somando forças com eles”, declarou o prefeito. “Mogi não vai ter pedágio, de jeito nenhum”, completou Caio.
No último dia 14, a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) divulgou o edital para a concorrência internacional da concessão de rodovias do Lote Litoral Paulista, que contempla a Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga (SP-98). Na Mogi-Dutra, as praças de cobrança estão previstas para o Km 40,7 (sentido São Paulo – Mogi) e km 41,6 (sentido Mogi-São Paulo).
Paulo Bocuzzi, um dos coordenadores do Pedágio Não, destacou que em quase dois anos que o movimento está estruturado, o momento atual tem sido um dos mais difíceis na luta contra o pedágio.
“É o momento mais difícil, mas também é o momento da nossa voz ser ouvida, então não podemos perder essa oportunidade de mostrar que o Alto Tietê e Mogi das Cruzes não aceitam esse pedágio. Ele não é bom para a nossa cidade e não é justo porque não traz nenhuma contrapartida”, destacou.
Um dos principais pontos abordados pelos adeptos do “Movimento Pedágio Não” é o fato da instalação não trazer benefícios ao município e encarecer o custo de vida para toda a população mogiana. Outro ponto importante apontado pelo movimento é que o pedágio vai isolar bairros na região do Taboão, fazendo com que os mogianos que precisem chegar à região central da cidade, para ir à escola, médico e supermercado, tenham que pagar a tarifa.
No decorrer da semana, o caso deve ter outros desdobramentos, pois a Artesp terá que dar respostas ao Tribunal de Conta e a Justiça sobre o edital. A GAZETA seguirá acompanhando e trará todas as novidades.
A GAZETA transmitiu a carreta ao vivo, clique aqui e confira.