Na manhã desta segunda-feira (27), o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (PODE) foi convidado pelos vereadores da Câmara Municipal, para prestar contas a respeito dos R$ 23 milhões utilizados no recapeamento da Av. Voluntário Fernando Pinheiro Franco, e em mais 12 vias da cidade.
O assunto veio à tona e trouxe muitas dúvidas a população, após o prefeito publicar um vídeo em suas redes sociais, dando a entender que o dinheiro seria algum tipo de ‘sobra’ de algum contrato.
Na verdade, o projeto ‘Corredor Leste-Oeste’ de 2013, foi dividido em quatro blocos. O primeiro, o recapeamento de vias iniciais e o segundo, a criação da Avenida das Orquídeas, concluídos em 2019, com um investimento de R$ 97 milhões já pagos.
Já o terceiro bloco seria a construção dos terminais de ônibus em Brás Cubas e Jundiapeba, que contemplava também a construção de passarelas, no valor de R$ 9,6 milhões. Por último, o bloco quatro “Binário”, previa a pavimentação de 13 vias que interligam os terminais Estudantes e Central, este está em execução e custará R$ 23 milhões, como estava previsto no contrato de 2013. Vale ressaltar que as vias contempladas há 10 anos atrás não podem ser alteradas.
A grande questão neste assunto está na forma como a informação foi passada adiante. Este montante não estava ‘sobrando’, e sim, precisava ser contratado para que o contrato, que possui prazo de término no final deste ano, fosse concluído. Segundo o prefeito, caso as obras do bloco quatro não fossem realizadas, a prefeitura poderia sofrer uma punição em cima dos dois primeiros blocos já realizados.
Deste projeto, a construção dos novos terminais ainda está pendente, pois segundo Cunha, é inviável esta ideia.
Ainda segundo as informações, a prefeitura com orientação do Ministério das Cidades, solicitou alteração no bloco três. Através de um ofício enviado, um grupo de trabalho foi montado para realizar um reestudo do projeto.
“Fazer um terminal de Brás Cubas e Jundiapeba, não significa que vai resolver o problema do transporte público em Mogi. Se for viável e importante, nem que a prefeitura faça por recurso próprio, ou faça um novo financiamento para fazer esses terminais. Mas hoje, não existe nada que mostre a funcionalidade disso, pois não há área para isso e o dinheiro destinado (R$ 9,6 milhões) não seria suficiente”, disse.