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Bossal fala sobre o caos financeiro encontrado em Poá, que luta para melhorar o orçamento

O governo Marcia Bin (PSDB) trabalha duro para devolver a qualidade de vida que Poá tinha e foi bruscamente mudada com a saída do Itaú, que dava forte suporte econômico ao município. Em síntese, é o que diz em entrevista o secretário de Governo, Marcio Borzani, o Marcio Bossal.

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Administração anterior desgraçou o município de ponta a ponta e ainda tentou buscar reeleição

Por Aristides Barros / Foto: Bruno Arib

O governo Marcia Bin (PSDB) trabalha duro para devolver a qualidade de vida que Poá tinha e foi bruscamente mudada com a saída do Itaú, que dava forte suporte econômico ao município. Em síntese, é o que diz em entrevista o secretário de Governo, Marcio Borzani, o Marcio Bossal.

O município, cujo orçamento é de R$ 300 milhões, apresenta déficit de R$ 120 milhões. “Perdemos mais de R$ 150 milhões”, falou, completando que, diante do caos, foi formada uma comissão com o alto escalão governista para avaliar a situação e partir para medidas que impactaram a cidade, mas precisaram ser adotadas.

“Estava inviável https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistrar Poá. Reduzimos valores de contratos em 25% para se adequar à nossa realidade atual”, disse. A baixa nos contratos com as terceirizadas foi sem dor.

Segundo Bossal, “o contrato da Americanet era de R$ 380 mil mensais e foi baixado para R$ 44 mil mensais; a coleta de lixo era quase R$ 900 mil mensais, reduzimos para R$ 680 mil mês. Os déficits com contratos somavam R$ 70 milhões. Não existe fórmula mágica para https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistrar um município endividado e, das heranças deixadas pelo governo anterior, até os funcionários comissionados demitidos foram pagos pela atual gestão. Estamos tocando com os recursos que a cidade tem. Poá está sem serviços de tapa-buracos, iluminação pública, obras de pavimentação”, ilustrou.

Tensão

O momento tenso ficou por conta da alteração nos salários dos funcionários públicos. “Fomos obrigados, se não já em setembro não teria pagamento para ninguém.”

O secretário assinala que a folha de pagamento da prefeitura consome 78% do orçamento e o restante, 40%, fica com a área da saúde. A dificuldade em fechar as contas resultou na demissão de funcionários comissionados e aposentados, e as reações foram tão fortes quantos as medidas duras. “Fomos obrigados a fazer os cortes, não fizemos porque queríamos. Só não ‘mechemos’ na saúde”, disse.
As medidas deram um fôlego nas finanças.

“A folha, que estava 72% comprometida, hoje está em 66%, e até o final do ano a previsão é de que baixe para 56%. E, ainda assim, não vamos chegar aonde precisamos para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal”, detalhou.

Ele disse que as empresas que tiveram os contratos reduzidos entenderam a situação e estão sendo parceiras. “No ano que vem, a ‘casa’ vai estar em ordem e vamos melhorar a situação da cidade e da população”, assegura o secretário.

Estado não quis ajudar e aconselhou fechamento do hospital municipal

A desativação do hospital que depois foi “transformado” em PA (Pronto Atendimento) foi outra decisão dura.

“Foi muito difícil, o recurso federal destinado ao hospital é de R$ 300 mil por mês e a unidade tem custo de R$ 5 milhões mensais. Tentamos verbas do Estado, mas o próprio secretário estadual de Saúde disse que não destinaria verba para o hospital e aconselhou que fechássemos. Mas como fechar um hospital num tempo de pandemia? Então optamos pelo PA, que só não tem internação. Os pacientes entram e depois são transferidos para outros hospitais. Houve cortes de horas extras de funcionários, que depois passaram a ‘sabotar’ a https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistração, porque tem gente que ao invés de ajudar, procura piorar ainda mais a situação”, criticou o secretário de Governo, Marcio Borzani, o Marcio Bossal.

Ele fez uma revelação: disse que a dramaticidade do momento gerou indagação dentro do próprio setor governista. “O nosso Jurídico visualizou que as medidas enérgicas iriam soar como impopulares e chegou a indagar se a https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistração iria adotá-las. ‘Vão fazer isso, vocês têm coragem de fazer isso?’ Mas tinha de ser feito, para a cidade conseguir ir adiante”, concluiu

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