Na última segunda-feira (18), o Brasil bateu recorde histórico de casos de dengue, ultrapassando 1,8 milhão de casos da doença neste ano. Entretanto, apesar do número expressivo, há uma baixa procura pelo imunizante da doença, que irá vencer daqui a um mês e sete dias. Com isso, os governos estaduais reclamam da falta de orientação do Ministério da Saúde para evitar o desperdício do imunizante.
Ao todo, o Alto Tietê recebeu mais de 44 mil doses da vacina Qdenga. Desse número, cerca de 26 mil foram aplicadas, o que representa 33,9% da população elegível. Com isso, há por volta de 18 mil doses disponíveis para aplicação distribuídas nos municípios da região, uns com mais e outros com menos.
Entre as cidades, as que mais correm risco de ter que jogar vacinas vencidas fora, caso a procura não aumente, são: Mogi das Cruzes com 6 mil doses disponíveis válidas até 30 de abril, Itaquaquecetuba com 5.770, Suzano com 2.620 e Ferraz de Vasconcelos com 1.496.
Neste momento, podem ser vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com isso, para que as doses não sejam descartadas, é preciso que os pais e responsáveis entendam a importância dessa imunização e levem suas crianças até aos pontos de vacinação para garantir o imunizante.
À GAZETA o Ministério da Saúde informou que vai redefinir a estratégia de distribuição das vacinas da dengue. A medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações – com ampliação de estados e municípios. O critério adotado está em conformidade com o atual cenário de saúde pública do país.
Além disso, quando questionado sobre aumentar a faixa etária para aplicação ao invés de perder as doses, o Ministério informou que a faixa etária de 10 a 14, atualmente recomendada pela Pasta para a vacina, é recomendada também pela OMS e é a faixa etária que concentra maior número de hospitalização por dengue, depois das pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi autorizada pela Anvisa.
